A Linha 6 - Laranja, que terá 15,9 quilômetros de extensão, contará inicialmente com 15 estações
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Por muito tempo, o metrô foi reconhecido pelo paulistano como o melhor meio de locomoção pela cidade.
No entanto, a cada dia, sua estrutura se mostra insuficiente para a crescente demanda, o que vem afetando a qualidade do serviço e aumentando a sensação de insegurança.
No entanto, apesar da urgência pela expansão da rede, o andamento de novos projetos é lento. Para a Zona Norte, hoje atendida por somente seis das 65 estações existentes, está confirmada somente a construção da Linha 6 - Laranja.
No último sábado, em evento realizado na região de Brasilândia, o governador Geraldo Alckmin declarou que a obra deverá ter início em até 40 dias.
Na cidade de São Paulo, onde habitam quase 12 milhões de pessoas, o sistema metroviário, inaugurado em 1974, tem 75,5 quilômetros de extensão, cinco linhas e 65 estações. Para se ter uma ideia, o metrô de Londres (o mais antigo do mundo, inaugurado em 1863), que possui aproximadamente 8 milhões de habitantes, conta com 408 quilômetros de extensão e 270 estações.
Atualmente, a maior rede metroviária do mundo é a de Xangai, que, com apenas 19 anos em funcionamento, possui 567 quilômetros de extensão.
A Zona Norte será atendida por cinco estações da Linha 6 - Laranja: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I e Freguesia do Ó
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Das 65 estações de metrô de toda a rede, apenas seis passam pela Zona Norte. A última extensão da rede na região foi em 1998, com a inauguração das estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi, que passou a ser terminal para a Linha 1-Azul.
Passados 16 anos, está confirmada apenas a construção de cinco novas estações na região: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado e João Paulo I. Elas serão parte da Linha 6 - Laranja, que ligará o bairro de Brasilândia à estação São Joaquim, da Linha 1 - Azul.
No último sábado (21/6), em evento realizado na região de Vila Brasilândia, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a obra deverá ser iniciada em até 40 dias.
“Essa será uma das mais importantes e modernas linhas de metrô de São Paulo. A licitação está feita, o contrato já está assinado e as desapropriações já estão sendo feitas”, declarou. “Em até 30 ou 40 dias as máquinas começarão a trabalhar aqui para iniciar as obras”.
Segundo projeto inicial, a previsão é de que as novas estações só entrem em funcionamento em 2020.
Nova linha
A Linha 6-Laranja é uma das 26 intervenções no sistema metroferroviário inseridas na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014, publicada na edição de 30 de julho de 2013 do Diário Oficial do Estado.
Com 15,9 quilômetros de extensão, contará inicialmente com 15 estações - Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O percurso deverá ser atendido por 29 trens. A demanda prevista é de aproximadamente 633 mil passageiros por dia.
Hoje, apenas seis das 65 estações do sistema metroviário de São Paulo estão na Zona Norte |
Em 6 de novembro de 2013, o governo do Estado anunciou o Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos, como o vencedor da licitação da Linha 6-Laranja do Metrô. O grupo foi o único a apresentar proposta para a Parceria Público-Privada (PPP) e terá seis anos para construir a linha, que só deverá entrar em funcionamento em 2020.
A obra custará cerca de R$ 9,6 bilhões. Deste total, R$, 8,9 bilhões serão divididos entre consórcio (50%) e estado (50%), por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo de São Paulo gastará ainda R$ 700 milhões com as desapropriações de imóveis para a obra.
Em uma segunda etapa, sem prazo definido, a linha poderá ser ampliada a partir da Estação São Joaquim em direção à Zona Leste, passando por estações da CPTM e fazendo conexão com a Linha 4 - Amarela, até o bairro de Cidade Líder.
A intenção é estender a malha também na outra ponta, que inicialmente vai até a Brasilândia, até a região da Rodovia dos Bandeirantes, passando pelo futuro centro de convenções de Pirituba.
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