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Tradicional bairro de Santana completa
232 anos de história neste sábado
Ana Carla Pereira
Foto: AGZN
O alargamento da Avenida Cruzeiro do Sul, defendido pelo
jornalista Ary Silva em AGZN desde a sua fundação, em 1963,
foi decisivo para o desenvolvimento de Santana


Com cerca de 124.654 habitantes em um território de 12,6 quilômetros quadrados, o bairro de Santana é hoje uma importante referência da Zona Norte para a cidade de São Paulo.

Dos tempos em que era uma área rural, muito além do Rio Tietê, até o boom imobiliário que marcou sua evolução nas últimas décadas, a partir do desenvolvimento viário e do sistema de transportes, muita coisa mudou para seus moradores.

Neste sábado, Dia de Santa Ana, padroeira do bairro, San­tana completará 232 anos de história com muito para se orgulhar, mas também com alguns desafios pela frente, em meio a problemas típicos dos grandes centros urbanos, que cresceram além de sua estrutura.

O bairro de Santana, maior referência da Zona Norte na cidade de São Paulo, completará 232 anos de sua fundação neste sábado, 26/7. O início de sua história se confunde com a de sua padroeira. Segundo informações da Paróquia de Sant’Ana (Rua Voluntários da Pátria, 2.060), a prova material dessa afirmação encontra-se hoje no Museu de Arte Sacra do Mosteiro da Luz (Avenida Tiradentes, 676). No local, há uma cópia e duas transcrições do documento assinado pelo papa Pio VI em 1782, estabelecendo a escolha de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus, como protetora da região. 

A partir dessa decisão do Vaticano, esse ano foi oficialmente considerado como o ponto de partida da trajetória do bairro. Como desde 1621, por determinação do papa Gregório XV, ficou estabelecido que o Dia de Santa Ana seria comemorado em 26 de julho, o aniversário de Santana passou a ser comemorado nesta data.

Há registros históricos de que o português Pedro Dias, casado com Maria da Grã, filha do cacique Tibiriçá, teria sido uma das primeiras pessoas a chegar na Zona Norte de São Paulo, em 1558. Na época, montou uma fazenda no local onde hoje está o bairro de Santana, mas preferiu continuar morando em Santo André.

Assim, apenas em 1673, a região começou a ser povoada, com a chegada de um grupo de jesuítas. Os herdeiros de Inês Monteiro, descendente da tradicional família Camargo, de São Bernardo do Campo, mais conhecida como “A Matrona”, doou uma sesmaria (antigo termo agrário) na Zona Norte para o Colégio da Companhia de Jesus.

No local, foi instalado um núcleo de catequese e construída uma capela de taipa dedicada a Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo. Os religiosos criaram a partir de então a Fazenda Sant’Ana, uma das propriedades mais importantes da Vila de São Paulo, com suas 300 cabeças de gado e mais de dez cavalos. Além de leite, fornecia mandioca, legumes e frutas para várias regiões da cidade.

Foto: AGZN
A valorização imobiliária, com a chegada de empreendimentos
cada vez mais sofisticados, é um dos principais aspectos
do desenvolvimento de Santana

Apesar de sua importância, a propriedade era cercada por mato e terra. Este isolamento foi superado somente no final do século 17, com a construção de um grande aterro (de cerca de 3 quilômetros) entre o Convento da Luz e a Zona Norte, no ponto onde está a Rua Voluntários da Pátria. Esta passou a ser a única via de acesso à região. Apesar de não ser muito eficiente (já que cortava a várzea do Rio Tietê, que sempre inundava durante o verão ou era danificada pela passagem de boiadas), foi fundamental para a o desenvolvimento local.

Em 1700, foi construída a Ponte Grande (conhecida na época por vários nomes como a Ponte do Rio Grande do Guaré, Ponte Grande do rio Theaté, Ponte Grande da Várzea do Gua­repé, Ponte Grande de N. Sra. da Luz e Ponte Grande do Caminho de Santana). Mas, esse era um caminho precário, composto por “tabuões serrados na grossura de quatro dedos”, conforme registrado em documentos da Secretaria Municipal de Cultura. O uso constante, inclusive por tropeiros e bandeirantes (que se aventuravam em direção a Atibaia, Bragança Paulista e Sul de Minas, em busca de ouro, índios e pedras preciosas) ameaçava sua estrutura.

Em 1753, o trânsito de gado foi proibido tanto pelo aterro quanto pela ponte. Em 1773, houve uma grande inundação e a ponte quebrou. Com isto, a travessia do Tietê passou a ser de canoa até que os reparos fossem feitos. Devido aos transtornos causados por constantes cheias, poucos se arriscavam a ocupar terrenos próximos a suas margens. Assim, durante muito tempo a região foi ocupada somente por chácaras, plantações e terrenos baldios.

Em 1759, Marquês de Pom­bal expulsou os missionários e educadores, confiscando todos os seus bens. Por um decreto, a propriedade passou a pertencer ao governo da Capitania de São Paulo e assim permaneceu até 1889, último ano do Império.

Em 1795, o bairro ainda era formado por apenas 136 casas e seus habitantes nem chegavam a mil, com pouco mais de 250 escravos trabalhando nas lavouras de milho, feijão, mandioca, algodão e na produção de aguardente em terras como as de Francisco Baruel, representante de uma das primeiras famílias da Zona Norte.

Entre 1803 e 1808, foi instituída a cobrança de pedágio para quem quisesse ultrapassar a antiga Ponte Grande. Na página 234 do Registro Geral da Câmara de São Paulo, consta a seguinte determinação: “Cada cavaleiro que, de fora, entrar ou sair, sendo de fora da Cidade, pagará somente 10 réis pelo cavalo e nada pela pessoa que vai em cima”.

Os primeiros imigrantes começaram a chegar em Santana por volta de 1819. Primeiro, foram os portugueses, em seguida os italianos (entre eles, o grupo que mais tarde fundaria a Società Esperia, às margens do Rio Tietê), depois os espanhóis, franceses, alemães, austríacos, armênios e libaneses.
A essa altura, já existiam o Colégio Santana e a Capela de Santa Cruz, transformada em matriz provisória no alto da colina. O núcleo central do bairro passou a ser na baixada da Rua Voluntários da Pátria em 1915, com a transferência da matriz, pelo padre João Batista Gomes.

Em 1821, boa parte de San­tana passou a pertencer à família de José Bonifácio de An­drada e Silva. Na antiga sede da fazenda, o patriarca da In­dependência, teria escrito a carta de representação ao Governo Provincial, que contribuiu para o famoso Fico do príncipe Regente D. Pedro I.

Segundo registros históricos, no terreno da fazenda havia uma enorme figueira “que dez homens juntos não conseguiam abraçar”. Sob sua sombra, D. Pedro II costumava tirar sonecas em suas visitas à mansão imperial, que, tempos depois, daria lugar ao quartel do Exército, hoje CPOR.

Em 1893, o Tramway da Can­tareira, popularmente chamado de “Trenzinho da Can­tareira”, começou a circular na região, da Serra até o Pari, para o transporte de carregamentos para os reservatórios de água. Mas, devido às dificuldades de transporte na região, algumas pessoas acabavam pegando uma carona em sua composição.

Em 1872, bondes importados dos Estados Unidos já circulavam em São Paulo. Mas, na isolada Zona Norte, nem mesmo havia luz elétrica. A antiga fornecedora Light, que levou seus bondes para o bairro apenas em 1908, passou fornecer luz elétrica às vias públicas da região, em substituição à iluminação a gás (que só desapareceria completamente das ruas na década de 30.) a partir de 1916.
No início do século 20, o Rio Tietê foi canalizado, o que minimizou a questão das enchentes e facilitou consideravelmente o acesso à zona norte.

Foto: Arquivo AGZN
O jornalista Ary Silva, que defendeu obras importantes para o
desenvolvimento de Santana. Nesta foto, um registro de sua
presença 
na inauguração do metrô, em 1974

Em 1942, foi construída a Ponte das Bandeiras ao lado da velha ponte de madeira. Sua estrutura era moderna para a época, com 120 metros de comprimento e 33 de largura, com um grande vão central. Nas extremidades, havia instalações sanitárias depósitos, além de duas torres.

Pouco a pouco Santana foi se tornando um bairro essencialmente residencial e de classe média. O impulso definitivo para o seu crescimento, no entanto, veio na década de 60.

Em 1963, o jornalista Ary Silva fundou o semanário A Ga­zeta da Zona Norte, com o objetivo de dar voz à população local. Em sua primeira edição, saiu em defesa do alargamento da Avenida Cruzeiro do Sul, importante acesso à região. A partir da publicação, iniciou intensa campanha em prol da obra, que representaria o ponto de partida para a evolução do bairro. Sua conclusão abriu caminho para a chegada do metrô, inaugurado em 1974. Essa sequência de acontecimentos foi decisiva na redução da distância e do isolamento do bairro a outras regiões além do Rio Tietê. Logo, houve aumento na movimentação dos negócios na região, com a chegada de investidores e novos moradores.

Segundo o último levanta­mento realizado pelo IBGE (Ins­tituto Brasileiro de Geo­gra­fia e Estatística), hoje Santana conta com 124.654 habitantes. Apesar de sua evolução e crescente valorização, o bairro também sofre com os efeitos conflitantes típicos do rápido e desordenado desenvolvimento da capital como um todo. Hoje, os contrastes são muito evidentes em seu território de 12,6 quilômetros quadrados.

O crescimento da população local trouxe prosperidade ao comércio, mas também atraiu a chegada de inúmeros vendedores ambulantes. Além da desigualdade da concorrência, esse fato trouxe problemas como a dificuldade de circulação nas calçadas, o acúmulo de lixo e a poluição visual de vias importantes, como a Avenida Cruzeiro do Sul e as ruas Voluntários da Pátria, Dr. César, Leite de Morais e Gabriel Piza.

Em maio de 2010, Santana foi o primeiro bairro da Zona Norte a receber a Operação De­legada, realizada a partir de uma parceria entre a Prefeitura e a Polícia Militar. A partir desta ação, foram retiradas cerca de 800 barracas de vendedores ambulantes das calçadas que, desde então, estão sendo mantidas livres. No entanto, outro grave problema social tem preocupado a população local. Especialmente nas proximidades do metrô tem aumentado o número de desabrigados.


Também estão entre as preocupações dos moradores os cres­centes congestionamentos
em vias que não comportam mais a demanda diária. Alguns projetos há muito são discutidos como promessa de alívio para os problemas viários da região. Entre as propostas está o prolongamento da Avenida Cruzeiro do Sul em 2.340 metros, até o Mandaqui, através da construção de túneis sob o morro de Santana a partir da Rua Conselheiro Saraiva até a Praça Rubens Fiorani, no Mandaqui, aproveitando o vale já existente entre as ruas Voluntários da Pátria e Manuel de Soveral.

O Estudo de Impactos Am­bientais (EIA) e o Relatório de Impactos Ambientais (Rima) realizados para a obra foram emitidos em 1º de dezembro de 2009 e ainda estão disponíveis para consulta no site da prefeitura (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/eia__rimaeva/index.php?p=22390).

No documento, são apresentadas as características da obra, prevendo a construção de dois túneis de 380 metros, sendo um em sentido bairro-centro e outro no sentido centro-bairro. Cada um deles, contaria com três faixas de rolagem de 3,5 metros, uma faixa exclusiva para bicicletas e calçadas para pedestres.

A construção da ligação proposta entre Santana e Mandaqui deveria ter tido início entre 2011 e 2012, com previsão de conclusão em 24 meses.


No dia 12 de novembro de 2011, o então prefeito Gilberto Kassab afirmou em visita à região que o início da obra, que já estaria licitada, mas ainda no aguardo de disponibilização de recursos, ficaria por conta da próxima gestão.

No entanto, o prolongamento da Avenida Cruzeiro do Sul não foi incluído na lista de cem metas da atual administração para 2014, publicada na edição de 18 de julho de 2013 do Diário Oficial do Município de São Paulo.

Na última semana, a reportagem de AGZN voltou a questionar a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras sobre a possibilidade de priorização da obra para a região. No entanto, até o fechamento desta edição, na tarde de 24/7, ainda não havia recebido uma resposta.

Foto: Arquivo AGZN
O alargamento da Avenida Cruzeiro do Sul e a chegada do metrô marcaram o início do desenvolvimento
do bairro de Santana

 

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