A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo - Zoneamento determina o que pode ou não ser construído ou instalado em um bairro e de que forma isso é admitido
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A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo - Zoneamento, número 13.885/04 afeta a vida de todos os paulistanos, já que determina o que pode ou não ser construído ou instalado em um bairro e de que forma isso é admitido.
A partir deste sábado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano promoverá audiências públicas nas áreas das 32 subprefeituras da capital para apresentar as propostas da Prefeitura e ouvir as sugestões da população.
O processo de revisão e sua agenda de eventos poderão ser acompanhados via internet (http://gestaourbana.prefeitu ra.sp.gov.br/noticia/). A população poderá ainda contribuir on line, enviando sugestões até o dia 6/12.
Em dezembro, um texto prévio da lei revisada será disponibilizado para consulta pública. Em janeiro de 2015, será apresentado em audiência pública e enviado para a Câmara Municipal.
Propostas
Entre as propostas já apresentadas pela administração municipal está a definição de um lote máximo de 10 mil metros quadrados, já que a legislação vigente não estabelece um tamanho para novos condomínios residenciais.
Outra proposta é a criação de uma cota ambiental para novos empreendimentos. Assim, a liberação do projeto seria condicionada a uma pontuação mínima, obtida através de benefícios oferecidos, como cobertura verde, reservatório de retenção de águas ou plantio de árvores.
Para a preservação dos bairros, além da criação da Zona Predominantemente Residencial, que já foi estabelecida pelo Plano Diretor, seria criada a Área de Impacto Cumulativo, com regras específicas para que empreendimentos menores não gerem transtornos à vizinhança.
A Prefeitura propõe, ainda, a exigência de vestiário e de vagas mínimas para bicicleta nos novos empreendimentos.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, em apresentação das propostas para a revisão da Lei de Zoneamento
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Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, o objetivo é simplificar a legislação vigente, que é de 2004. Por este motivo, a administração municipal também propõe a extinção de 14 das 30 zonas atualmente definidas na cidade.
“Hoje zonas têm os mesmos nomes e se contradizem nos seus propósitos. A simplificação tenta dar uma padronização e retirar do atual texto as incoerências que estão em vigor”, avaliou. “Precisamos qualificar a cidade na sua totalidade. E ao mesmo tempo identificar aqueles territórios que necessitam de transformação para que nós possamos reequilibrar as enormes desfuncionalidades da cidade”.
As 16 zonas propostas são as seguintes: Especial de Proteção Ambiental, Especial de Preservação, Preservação e Desenvolvimento Sustentável, Recuperação Ambiental, Especial de Interesse Social, Exclusivamente Residencial, Predominantemente Residencial, Mista, Especial de Preservação Cultural, Centralidade, Corredor, Ocupação Especial, Predominantemente Industrial, Desenvolvimento Econômico, Eixo de Estruturação da Transformação Urbana e Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto.
Audiências na ZN
Santana/Tucuruvi - dia 18/10, das 8h30 às 12h30, na Uni Sant’Anna. Rua Voluntários da Patria, 257.
Jaçanã/Tremembé - dia 1º/11, das 8h30 às 12h30, no CEU Jaçanã. Rua Antônio César Neto, 105.
Freguesia/Brasilândia - dia 8/11, das 8h30 às 12h30, na Fábrica de Cultura da Brasilândia. Avenida Inajar de Souza, 7.001.
Casa Verde/Cachoeirinha - dia 8/11, das 8h30 às 12h30, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Avenida Deputado Emilio Carlos, 3.641.
Vila Maria/Vila Guilherme - dia 8/11, das 8h30 às 12h30, na EMEF Almirante Tamandaré. Rua General Mendes, 46.
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