Espaço na CEI Augusta Cordeiro da Rocha onde mães
podem amamentar durante o dia
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O aleitamento materno é um dos temas internacionais enfatizados no mês de agosto pela comemoração do Dia Internacional da Amamentação (1º/8), data instituída em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação. Desde 1991, a Organização Mundial da Saúde e a Unicef promovem um esforço mundial para incentivar, proteger e apoiar o aleitamento materno. Com isso, as ações voltadas para o tema se intensificam na primeira semana do mês de agosto em pelo menos 120 países.
Entre as ações promovidas no Brasil, está o Projeto de Lei nº 416/2016 apresentado na Câmara Municipal de São Paulo pela vereadora Juliana Cardoso no último dia 4/8. Ainda em fase inicial de tramitação, o projeto de lei propõe algumas diretrizes aos Centros de Educação Infantil para permitir a amamentação e a ordenha do leite em espaço apropriado em suas dependências. De acordo com o proejto de lei, as mães devem ter acesso ao CEI para amamentação, ordenha ou mesmo entrega do leite materno de acordo com os padrões sanitários para o armazenamento. Para isso, as CEIs deverão contar com espaço apropriado e geladeiras específicas para o armazenamento do leite materno. A proposta prevê que os custos devem ser supridos com dotações orçamentárias do município.
De acordo com Juliana, esse Projeto de Lei vem complementar um ciclo de propostas apresentadas por ela, elaboradas a partir do acompanhamento dos movimentos de mulheres na periferia de São Paulo. “Nada disso sai só da minha cabeça, mas desse trabalho que o movimento das mulheres realiza”. Os projetos anteriores tratam de questões referentes ao parto humanizado, a criação da carreira de obstetriz na rede municipal de Saúde (profissionais dedicadas ao parto humanizado), a criação de uma Casa de Parto no Jardim Ângela, o direito ao parto em casa com assistência do Sistema Único de Saúde e, recentemente, o aleitamento materno nos CEIs.
A prática do aleitamento no CEI já está sendo feita, no CEI Augusta Cordeiro da Rocha, na Parada Inglesa. Como um dos CEIs administrado pela entidade Seara Norte, o local preserva um espaço onde as mães podem amamentar ou mesmo deixar o leite materno para ser dado à criança. Apesar desse esforço, ainda outros obstáculos impedem que as mães amamentem. Uma delas é a distância do local de trabalho com a creche, que em geral, fica próximo da residência. “Tudo que é novo, demora a pegar. Porém temos que fazer todos os esforços para que as mãe amamentem”, afirma a vereadora Juliana.
De acordo com a OMS, os bebês devem ser alimentados exclusivamente com o leite materno até os 6 meses de idade. A partir disso, apesar da introdução de outros alimentos, as crianças devem continuar recebendo o leite da mãe até os dois anos de idade. Para isso, a OMS recomenda dez passos para o sucesso da amamentação:
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde;
2. Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma;
3. Informar todas as grávidas atendidas sobre as vantagens e a prática da amamentação;
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas de seus filhos;
6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que seja por indicação médica;
7. Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e os bebês permaneçam juntos 24 horas;
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda (sempre que o bebê quiser);
9. Não dar bicos artificiais (tetinas) ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar a criação de grupos
de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: http;//www.unicef.org/programme/breastfeeding/baby.htm
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