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Campeã pan-americana de kickboxing é moradora da Zona Norte
 
Foto: AGZN
Ana Beatriz Molina, atual campeã pan-americana de kickboxing



Beleza, simpatia, garra e muita determinação. Aos 17 anos, a jovem Ana Beatriz Mo­lina carrega uma bagagem de experiência que lhe rendeu através do esporte, valiosas experiências e a satisfação de ser a campeã pan-americana de kickboxing. Moradora da Zona Norte, ela faz parte da equipe do Mestre Serginho Team, com sede no Jardim Brasil.

O gosto pelas artes marciais vem desde cedo. Inicialmente, Bia praticou karatê, modalidade que treinou por 3 anos consecutivos, parou um período e retornou por mais dois anos. “Eu gostava do karatê, mas eu sentia falta de algo, queria mais agressividade”. Aos 12 anos decidiu iniciar o treino de Muay Thai e Kickboxing. Além de se identificar totalmente com o esporte, Bia conta que o apoio dos mestres e a inspiração ao observar outras atletas a motivaram cada vez mais: “Me inspirei muito vendo os treinos da Karina Canuto e da Aline Branco e em toda a equipe que me ajudaram muito a me preparar para minha graduação”.


No próximo dia 4/12, Bia recebe sua graduação, o que a permitirá realizar mais um sonho que é dar aula de kickboxing. “Quero poder ensinar. O Kickboxing me ensinou, por exemplo, a ter paciência, coisa que nunca tive”. Com bom humor, ela conta que nos treinos ganhou o apelido de “barbie jagunça”, porque é vaidosa e ao mesmo tempo bruta para as lutas.


Neste ano, Bia teve a oportunidade de participar de competições. Sua estreia nas lutas aconteceu em março num campeonato em São Bernardo do Campo. Embora tenha perdido a luta por pontos, a atleta não desanimou. Ao contrário, teve mais ânimo para intensificar os treinos e correr atrás da vitória. “Meus pais estavam preocupados caso eu perdesse, poderia desanimar. Mas na verdade, saí do tatame com um sorriso no rosto”.


Um mês depois participou do Campeonato Paulista da Confederação Brasileira de Kickboxing no qual teve como adversária Joyce Fernanda e após ter perdido essa luta e sem a presença de uma terceira participante na mesma chave, ganhou o título de vice-campeã paulista, resultado que lhe rendeu sua primeira medalha, a de prata. O ouro viria em seguida durante o Campeonato Interestadual em Taubaté no qual foi vencedora por WO.


Mas ainda faltava a satisfação da vitória no tatame, que veio em sua participação no evento The Best of Muay Thai no qual teve como adversária Isabela. “Eu me preparei muito para essa luta. Foi a maior alegria ter vencido”. Em seguida veio sua participação na Copa do Brasil, na qual teve como adversária Joyce Fernanda em luta coroada com a vitória e o ouro.


Na condição de campeã brasileira, Bia seguiu para Cancun em outubro para participar do Campeonato Pan-Americano. “Fizemos muita rifa para que eu e minha mãe pudéssemos ir”. Em sua categoria (55kgs), Bia enfrentou a adversária já conhecida, Joyce Fernanda. “Nós nos tornamos muito amigas”, conta. Depois de algumas lutas juntas a amizade surgiu ao longo dessa trajetória, a luta que terminou no empate no tatame deu a vitória a Bia avaliada como a mais agressiva, com maior variação de golpe e mais ética.


Esse ano os desafios da jovem atleta ainda não terminaram. Ela participa de um campeonato na Praia Grande com o objetivo de conquistar o cinturão para a equipe. Para 2017, Bia já tem algumas metas além de poder ensinar kickboxing. “Quero ser campeã Paulista, Brasileira e Sul-Americana, além de subir para a categoria de ring”. Mas ciente de que nem sempre a vitória faz parte da vida do atleta, Bia segue em busca de fazer uma boa luta sempre. “Se eu tiver que perder, vai acontecer. Mas se for para perder, que eu faça uma boa luta e que eu não saia lesionada. Assim, na próxima, eu volto mil vezes melhor”. 
 
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