VENDO SOBRADO COMERCIAL
Rua Banco das Palmas - Santana, 180m2 de área construída,
renda de R$ 6 mil mensal.
Documentação ok. R$ 900 mil.
Aceito contra proposta.

Tratar c/ sr. Moura: 99886-9162


Senac



Atualizado semanalmente

Pesquisa

Pesquisa
Anuncie: 2977-6544 / 2950-1979 / Whatsapp: 94861-1729. O mais eficiente veículo de divulgação. Distribuídos semanalmente às sextas-feiras nos principais bairros da Zona Norte de São Paulo. Distribuição gratuita em bancas, prédios comerciais e residenciais, condomínios, clubes, imobiliárias, padarias e shoppings. 61 anos de tradição.
Manifesto contra Trecho Norte do Rodoanel
ganha o apoio de artistas e intelectuais
 
Manifesto1Encontro reuniu artistas e intelectuais no Teatro Oficina em prol
da Serra da Cantareira. O cantor Lenini interpreta canção do
maestro Edmundo Cortes feita para ocasião. Sentados:
Mauro Victor, prof. Aziz Ab’ Saber e José Celso Martinez
O movimento contra a construção do Trecho Norte do Rodoanel teve um importante ato realizado na última terça-feira. Artistas, intelectuais e ativistas do movimento se reuniram no Teatro Oficina para a leitura pública do manifesto denominado “Contra o Rodoanel Norte, a favor de São Paulo” que reúne dados e argumentos em prol da preservação da Serra da Cantareira. Com o apoio da classe artística, o movimento pretende ganhar ainda mais a aprovação e adesão da opinião pública.

A luta pela preservação da Serra da Cantareira é antiga e tem registros desde o final do século 19, quando a região foi protegida pelo Governo para garantir o abastecimento de água da cidade. Desde então, a ocupação das áreas próximas à Serra da Cantareira deram origens a bairros com uma qualidade de vida diferenciada do centro da cidade, especialmente com maiores áreas verdes e um clima sensivelmente mais ameno. “A Serra da Cantareira é um catalizador para a cidade de São Paulo”.

Sua preservação, muitas vezes ameaçada pela especulação imobiliária ou obras de grande porte, mobilizou diversas ações importantes ao longo do tempo. Há mais de 20 anos, o município tentou construir uma avenida de fundo de vale que cortaria todo o bairro Tremembé. O objetivo era ligar as Rodovias Dutra, Fernão Dias à Anhanguera. Comprovando o forte impacto ambiental que o projeto traria à região, a comunidade se organizou e conseguiu barrar as fontes de financiamento das obras.

Manifesto2Momento em que José Celso Martinez
assina o manifesto contra o Rodoanel Norte
Na década de 80, um projeto do Governo do Estado previa a construção da Via Perimetral Metropolitana (VPM), que faria o mesmo papel do Trecho Norte do Rodoanel. Mais uma vez, um movimento liderado pela ambientalista Vera Lúcia Braga (1942-2000) conseguiu reunir em um abaixo-assinado 150 mil adesões. O documento foi levado para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o projeto foi barrado. Esse movimento também foi determinante para que em 9 de junho de 1994, a Unesco tenha classificado a Serra da Cantareira como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo como patrimônio da Humanidade.

Agora, a luta dos ativistas concentra-se em impedir que uma obra do porte do Trecho Norte do Rodoanel venha a ameaçar a preservação da Serra da Cantareira, considerada a maior floresta urbana do mundo. Em contraponto o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) elaborado pelo Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) (responsável pelo projeto), o movimento elaborou um documento denominado Anti-Rima, que reúne dados, argumento e projeções a respeito dos danos ambientais e consequências para a cidade de São Paulo diante da provável devastação da Serra da Cantareira. Outra grande crítica ao projeto aponta o grave problema social causado pelas 20 mil desapropriações previstas.

O manifesto conta com o apoio de personalidades como o prof. Aziz’Ab Saber, José Celso Martinez, Juca de Oliveira, Maria Bonomi, Maria Adelaide Amaral, Ivaldo Bertazzo, Fulvio Stefanini, Sílvio de Abreu, Fábio Konder Comparato, Paulo Bastos, Raquel Rolnik, Almir Sater, Rosa Kliass, Raí de Oliveira e Araquém Alcântara, além de entidades profissionais e organizações da sociedade civil. Confira abaixo a íntegra do documento.


Manifesto: Contra o Rodoanel Norte, a favor de São Paulo 

Artistas, pesquisadores, urbanistas, intelectuais, profissionais liberais e representantes da cidadania posicionam-se a favor da preservação incondicional da Serra da Cantareira.


“Estamos destruindo inconsequentemente o que a natureza levou milhões de anos para criar.
Em nome da civilização, precisamos deter esta devastação.”

Löefgren, 1900, criador do Horto Florestal, inspirador do Dia da Árvore


Nós, abaixo-assinados, exigimos a suspensão imediata pelo Governo do Estado de São Paulo dos projetos e obras para a construção do trecho norte do Rodoanel, de forma a permitir uma avaliação isenta e acurada sobre a necessidade real desta obra e sobre os prejuízos sociais, econômicos e ambientais que a rodovia trará para a cidade de São Paulo.

A região da Serra da Cantareira, bem como as áreas vizinhas, abriga hoje a maior floresta urbana do mundo, sendo sua conservação fator fundamental para o controle da poluição atmosférica e para o equilíbrio térmico da cidade de São Paulo. Como parque, oferece uma alternativa para passeios de paulistanos e turistas, brasileiros e estrangeiros de todas as partes do mundo. Integra, ainda, o patrimônio cultural da cidade pelas referências históricas e arquitetônicas que conserva.

Na região existem milhares de nascentes de água potável — daí o nome Cantareira — que constituem um manancial estratégico para a cidade. E já no final do século 19 a região da Serra da Cantareira foi protegida pelo Governo como forma de garantir o abastecimento da cidade de São Paulo.

Em 1963, nascia o Parque Estadual da Cantareira (PEC), uma unidade de conservação, como importante floresta urbana, grande fragmento de Mata Atlântica que abriga diversas espécies de fauna e flora, além de mananciais d’água de excelente qualidade.

Em 1983, o Parque da Cantareira foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat), a partir de uma iniciativa do prof. Aziz Ab’Saber, revelando uma visão de futuro sobre a importância estratégica que a região assumiria.

Em 1994, como decorrência de luta vitoriosa que impediu a passagem da Perimetral Norte (antiga denominação do Rodoanel) na região da Cantareira, um abaixo-assinado com 150 mil assinaturas levou a Unesco, no seu programa Homem & Biosfera, a declarar o parque e seu entorno como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV), com status de Patrimônio da Humanidade, ao lado de outras 500 Reservas da Biosfera de todo o mundo.

Entretanto, em julho passado, ignorando a história desta região, o compromisso internacional da RBCV, que impõe a necessidade de contemplar os serviços ecossistêmicos dessa reserva; o papel de proteção do PEC pelos parques municipais de São Paulo; a perspectiva de desenvolvimento sustentável e crescimento da cidadania ambientalmente responsável da comunidade da APA Cabuçu-Tanque Grande em Guarulhos, e uma série de irregularidades de procedimentos, o EIA-Rima do Rodoanel foi aprovado pelo Governo de São Paulo.

Em agosto, o mesmo Governo anunciou, pela imprensa, o início das obras do trecho norte da obra entre novembro e dezembro próximos. Esta decisão desconsidera uma série de falhas técnicas e legais apontadas por engenheiros, advogados, arquitetos, biólogos, geólogos e outros especialistas que estudaram os impactos ambientais provocados por outros trechos do Rodoanel, e que não foram observados pelo EIA-Rima referente a este trecho do projeto.

Como já vem acontecendo nos trechos sul e oeste, o Rodoanel trará resultados negativos à cidade e à região da Cantareira em particular, tais como: adensamento urbano com ocupação desordenada do solo, em desacordo com a legislação; interferências indevidas em equipamentos comunitários consolidados, como escolas e creches; geração de mais tráfego, sobretudo em vias locais com as quais a obra se ligará (contrariando o conceito original de rodovia segmentada), além de mais poluição e prejuízos à paisagem natural e urbana.

Além disso, alertamos para o fato de que a construção desta rodovia exigirá a desapropriação de milhares de imóveis, com gravíssimo impacto social e econômico entre os moradores locais. São mais de 20 mil pessoas, várias delas com raízes fincadas na região, que de uma hora para outra terão que sair de suas casas e abandonar suas referências. Antes mesmo do início das desapropriações, as consequências morais sobre a sociedade civil já se fazem sentir, levando à insegurança e descrédito em relação aos órgãos públicos envolvidos nesse projeto.

O Ministério Público acaba de abrir investigação para verificar por que as compensações ambientais e sociais dos trechos já concluídos do Rodoanel não estão sendo cumpridas. Exigimos que os passivos socioambientais no trecho norte sejam avaliados por uma equipe isenta. E que o Governo explique como uma obra orçada originalmente em R$ 2,5 bilhões está chegando a R$ 25 bilhões, isto sem contar as contrapartidas socioambientais que, se somadas, podem elevar o custo do Rodoanel à ordem dos R$ 50 bilhões!

A cidadania assiste estarrecida e indignada aos escândalos que ocorrem hoje nos mais altos escalões da República, notadamente na área dos transportes. Nós nos identificamos com a ação moralizadora e saneadora em andamento e, por isso, apoiamos as investigações sobre o Rodoanel por vários órgãos fiscalizadores das esferas federal e estadual.

Lembramos ainda que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) acaba de abrir um painel de investigação, por solicitação da cidadania, para periciar o projeto do Rodoanel de forma isenta, imparcial, transparente, suprapartidária e multidisciplinar.

Ao assinar este documento, estamos exercendo nosso pleno direito ao contraditório, reconhecido por nossa legislação, em defesa de um patrimônio comum, local e planetário.

São Paulo, Primavera de 2011

Voltar

Veja a capa da edição:

Capa da Edição

Um bom jornal é você quem faz!

500 mil leitores

As melhores ofertas estão
nesta edição

classimoveis

Para anunciar ligue:
2977-6544 / 2950-7919
Whatsapp  94861-1729
 
Veja as duas últimas edições
Ed. 3099 Ed. 3100
 

 
VENDO APTO SANTANA
R$ 500 MIL - R. ALFREDO PUJOL PRÓX. METRÔ -
3 ds, c/ arm. embut, 2 banhs. sendo 1 ste, sl. 2 amb, cz. c/ arm, d.e, lav, lazer, pisc c/ sauna, churr, sl. fest, 1 gar, acad., VAGO. ÁÚ 125m2, IPTU 2024 quitado. Ac. prop. Doc. ok.
F: 99886-9162 sr. Moura

É proibida a reprodução ou cópia de fotos, matérias, anúncios ou páginas sem a devida autorização.

   2002-2024 ©.