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Março é o mês de conscientização da endometriose |
No mês de março, além de ser comemorado o Dia Internacional da Mulher também é o Mês de Conscientização da Endometriose. Chamamos a atenção para os cuidados com a saúde da mulher, em especial aquelas que estão na adolescência e início da vida adulta. Durante esse período, meninas e mulheres enfrentam diversas mudanças no corpo e personalidade, o que pode mascarar os sintomas de uma velha conhecida dos ginecologistas, a endometriose.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 7 milhões de brasileiras convivem com a doença, cujo principal sintoma são as cólicas antes e durante o período menstrual, também comum e mais intensa no início da puberdade. “É muito comum ouvir dizer que é normal ter cólicas, isso não está errado, mas qualquer desconforto incapacitante ou que venha acompanhado de outros sintomas, como o sangramento em excesso, dificuldade para evacuar e dor pélvica, inclusive durante a relação sexual precisa ser investigado. Essa falta de investigação faz com que mulheres levem até 5 anos para serem diagnosticadas com a endometriose”, comenta o dr. Eduardo Schorr, docente e coordenador do Setor de Endometriose do Departamento de Ginecologia da UNIFESP.
O que é a endometriose?
O útero da mulher é revestido, internamente por uma espécie de película chamada endométrio que, quando a mulher engravida, é responsável por aderir e segurar o óvulo fecundado. Durante o período menstrual, o endométrio é renovado e descama, sendo expulso do corpo em forma de menstruação.
A paciente com endometriose apresenta endométrio fora da parte interna do útero, ou seja, essa película reveste também outras estruturas, como por exemplo, os ovários. Em casos graves, o endométrio pode aderir inclusive a outros órgãos, como a bexiga e o intestino. O que causa a dor extrema característica da endometriose é que, assim como o endométrio, essas aderências também descamam durante o período menstrual, mas não são liberadas do organismo e se depositam na região abdominal, causando inflamação.
Por se manifestar de diversas maneiras, cada quadro de endometriose deve ser estudado de forma individual para definir a melhor linha de tratamento. Embora a doença não tenha cura, é possível controlá-la. Para isso, é imprescindível realizar exames e visitas periódicas ao ginecologista para acompanhar a progressão da doença e a efetividade do tratamento.
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