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| Outono chega com temperaturas acima da média e enfraquecimento do El Niño |
Segundo as projeções desses institutos, os meses de abril, maio
e junho serão mais quentes do que a média dos últimos anos
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O outono chegou ao Hemisfério Sul com uma marca peculiar este ano: temperaturas acima da média em todas as regiões do país, conforme previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além disso, a estação será marcada pelo enfraquecimento do fenômeno El Niño, trazendo consigo uma série de previsões e possíveis impactos para diferentes setores.
Segundo as projeções desses institutos, os meses de abril, maio e junho serão mais quentes do que a média dos últimos anos em todo o território brasileiro, com exceção do centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas devem permanecer dentro da normalidade. Em algumas áreas, as temperaturas podem até mesmo ficar de 1 a 2 graus Celsius acima da média durante todo o período.
O El Niño, que atingiu seu pico em dezembro do ano passado, está demonstrando enfraquecimento nos últimos meses, com a transição para uma condição mais neutra já esperada para este outono. Esse fenômeno, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico próximo à Linha do Equador, influencia a formação de chuvas, a circulação dos ventos e as temperaturas em diversas partes do mundo.
À medida que o El Niño perde força, há possibilidade de o fenômeno oposto, La Niña, começar a se formar no Brasil no final do outono, ganhando força no segundo semestre. A La Niña se caracteriza pelo resfriamento das águas do Pacífico e geralmente traz chuvas abaixo da média para a Região Sul e acima da média para as regiões Norte e Nordeste.
Quanto às chuvas, a previsão é de que fiquem abaixo da média histórica na maior parte das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, especialmente devido aos impactos remanescentes do El Niño.
Por outro lado, são esperadas chuvas acima da climatologia em áreas do Sul e Sudeste, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e sul de Minas Gerais.
Essas condições climáticas podem ter impactos significativos na agricultura, especialmente na região do MATOPIBA, que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, onde a previsão de chuvas abaixo da média pode afetar o plantio e as fases iniciais dos cultivos de segunda safra.
Por outro lado, em algumas áreas do Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas acima da média podem beneficiar os cultivos de segunda safra.
O outono deste ano promete trazer desafios e oportunidades em diversos setores, desde a agricultura até a gestão de recursos hídricos, à medida que as mudanças climáticas e os fenômenos naturais continuam a moldar o clima do país. |
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Veja a capa da edição:
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