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Elenco de Cárceres da Consciência
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CÁRCERES DA CONSCIÊNCIA, montagem da Faz Centro de Criação, estreia para curtíssima temporada no Espaço Satyros Um (Praça Franklin Roosevelt, 214 - Tel.: 3258-6345, Consolação). O patrocínio é da Gerresheimer via ProAC ICMS. São dois personagens no palco, Vince, o humano interpretado por Guttervil Guttervil e um Coronel Ciborgue, por Fernanda Kawani Custodio.
CÁRCERES DA CONSCIÊNCIA é ambientada entre 1968 e 2068 e fala sobre o mundo pós-apocalíptico, distópico, onde prevalece a supremacia das inteligências artificiais, que estudam o ser humano como ratos de laboratório para sugar o que há de melhor neles.
NA TRAMA, um humano está sendo testado e analisado por uma inteligência artificial, que provoca lembranças e estímulos de pensamentos na cobaia através do princípio ativo da música, mais precisamente o rock, mexendo no espaço e tempo.
VINCE, UMA COBAIA, não percebe que está sendo utilizado como transporte desse princípio ativo, o rock, se sentindo prisioneiro de sua própria consciência, ele não consegue manter uma estabilidade de comportamento emocional e distinguir delírio e realidade, ele sofre o tempo inteiro, como o público, as consequências de estímulos sensoriais.
CÁRCERES DA CONSCIÊNCIA expõe o aprisionamento da humanidade em um mundo regido pela tecnologia. Apresentações aos sábados, às 21 horas e domingos, às 19 horas, até 16 de dezembro. Os ingressos custam 40 reais e meia entrada (preço especial para moradores da Praça Roosevelt a 10 reais, mediante comprovação de endereço).
ATÉ 27 DE NOVEMBRO podemos assistir Na Anatomia Oca dos Pássaros - ensaio lírico a Santos Dumont no Teatro Itália (Avenida Ipiranga, 344 - Tel.: 3255-1979). Mais do que sua biografia e obra, este espetáculo é um convite ao espectador, na forma de um ensaio poético, a adentrar a alma de Santos Dumont, e vislumbrar ali arquétipos que dizem respeito ao ser humano contemporâneo.
COM ATUAÇÃO de Fernando Aveiro, Na Anatomia Oca dos Pássaros tem texto, dramaturgia, direção cênica, figurino e cenário de Dino Bernardi, direção artística de Marília Barreto, coreografia e euritmia de Marília Barreto e Renate Nisch.
POR QUE SANTOS DUMONT HOJE? Personagens célebres da História deixam seu legado à humanidade tanto através de seus inventos e criações externas, quanto por suas conquistas internas e atitudes. Consolidam assim um status ao qual nós, cidadãos de tempos posteriores, sempre retornamos, em busca de mais ou maiores aprendizados.
Cena de Na Anatomia Oca dos Pássaros
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AO SE DEBRUÇAR sobre a personalidade de Santos Dumont, em 2018, através da criação do espetáculo Na Anatomia Oca dos Pássaros - ensaio lírico a Santos Dumont, a Cia Terranova oferece ao público o resultado de uma investigação muito particular. Para além dos fatos biográficos, de sua inestimável contribuição no campo da aeronáutica, que mudou radical e vertiginosamente a vida da sociedade moderna, este espetáculo pretende enveredar pela paisagem existencial de Santos Dumont, buscando auscultar a alma do herói que almeja o impossível, fazer voar, sem limites, um objeto mais pesado que o ar!
DO 14 BIS AO SÉCULO 21. Uma grande agitação atravessou o século 20, desde os dias em que Santos Dumont estacionava sua Demoiselle diante das multidões nas ruas elegantes de Paris, e nos acomete ainda, de modo crescente, através da quantidade avassaladora de informações e de inovações que chegam a nós a cada dia, em velocidade vertiginosa e de modo espetacular, especialmente no campo da tecnologia.
AO LADO DE extraordinárias conquistas e descobertas, este período também produziu tenebrosas catástrofes. No campo das grandes invenções, atravessamos um século de expansão acelerada, de dimensões inimagináveis, acompanhada, entretanto, de dramático isolamento existencial, de solidão, de medos e incertezas.
NA ANATOMIA OCA DOS PÁSSAROS … tem apresentações às terças-feiras, às 21 horas. Os ingressos custam 40 reais e 20 reais (meia). Espetáculo imperdível.
A NOVA CRIAÇÃO da Sociedade Abolicionista de Teatro, Três Pretos: Valor de Uso, com direção de José Fernando Peixoto de Azevedo e atuação de Raphael Garcia, Ailton Barros e Lilian Regina, estreia no Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 - Tel.: 3871-7700). A peça integra o projeto de mesmo nome que, desde setembro, apresenta debates acerca de obras produzidas por autoras e autores negros por meio da atividade Pensamento Negro Brasileiro. Além desses encontros, o projeto também englobou uma residência artística imersiva, paralela ao processo de produção do espetáculo.
A PEÇA REMETE ao valor como base para a crítica das formas de alienação da vida. Na modernidade, ou, da perspectiva da colônia, preto tem sido reduzido a um valor de troca: o preto escravo, o preto café, o preto petróleo: três fontes de energia e de valor; três tempos de um mundo que avança produzindo ruínas.
A ASSOCIAÇÃO preto-escravo-café foi a base do impulso industrial brasileiro e a fonte de energia das longas jornadas para o trabalho livre da Europa. Hoje, o preto-energia-petróleo é a base energética da acumulação capitalista moderna e suas disputas sobre territórios e corpos.
A CARNE (o escravizado), o pó (o café), o sangue (o petróleo): ao mesmo tempo que a marcha cronológica do progresso força o esquecimento da energia primitiva, os equivalentes funcionais da energia preta desvelam a violência perene em torno do preto que “satisfaz”. Em cena, um dispositivo pretende fazer com que essas temporalidades atravessem o jogo, produzindo corpos e sujeitos.
NUM TERRITÓRIO conflagrado por lutas milicianas, desertores cavam em busca de um “mar de águas pretas”, fonte de uma riqueza sem fim que traria a todos a “libertação final”. A escavação converte-se em espera, e a espera se revela um tempo atravessado por demandas de reparação e salvação, demandas para as quais as tentativas de realização resultam em continuidade e aprofundamento da guerra e suas carnificinas.
SOCIEDADE ABOLICIONISTA DE TEATRO. É uma plataforma coordenada por José Fernando e seu programa de trabalho consiste em viabilizar associações entre artistas, principalmente artistas pretos, que possam, juntos, realizar projetos a partir do encontro de perspectivas e práticas poético políticas.
O ABOLICIONISMO que seu nome traz não é apenas uma referência “anacrônica” à história e memória da escravidão, mas antes, a nomeação de uma luta pelos abolicionismos que ainda nos concernem, confrontações a continuidades e permanências que fazem, entre outras coisas, que algo como um sistema prisional se configure como desdobramento e extrapolação da escravidão entre nós, tecnologia de controle dos corpos que espolia e sentencia à morte em vida o pobre, mais principalmente o negro, e, em particular, o jovem negro.
A SOBREPOSIÇÃO temporal que a ideia de uma “sociedade abolicionista” implica aos ouvidos, faz ver a convivência complexa de temporalidades, fusos históricos.
TRÊS PRETOS: VALOR DE USO tem apresentações às quintas, sextas e sábados, às 21 horas, domingos e feriados, às 18 horas, até 1º de dezembro. Os ingressos custam 7,50 reais (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), 12,50 reais (pessoas com mais de 60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e 25 reais (inteira). |
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Veja a capa da edição:
COMUNICADO Em virtude da Black Friday, os anúncios deverão ser antecipados para 21/11 (quarta-feira). A distribuição será dia 22/11 (quinta-feira).
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Para anunciar ligue: |
2977-6544 / 2950-7919 |
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VENDO SOBRADO COMERCIAL Rua Banco das Palmas - Santana, 180m2 de área construída, renda de R$ 6 mil mensal. Documentação ok. R$ 900 mil. Aceito contra proposta. Tratar c/ sr. Moura: 99886-9162 |
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