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Cerca de 41% das lojas tiveram faturamento até 80% menor no período pré-pandemia |
Retomada do comércio é lenta nos shoppings após primeira quinzena de reabertura, mostra levantamento feito pela ALSHOP
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Depois de quase três meses de comércio fechado, a retomada nos últimos 15 dias ficou abaixo das expectativas dos profissionais do setor. Uma pesquisa realizada pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), entre os dias 24 e 26 de junho, com associados que representam 4.000 pontos de venda em todo o Brasil mostra informações gerais sobre as vendas.
No caso específico dos shoppings, que seguem a um protocolo sanitário mais rígido determinado com associações do setor e validado pelo poder público, o fato das praças de alimentação seguirem fechadas em boa parte dos empreendimentos é o motivo para o faturamento reduzido. Os resultados representam, sobretudo, a primeira quinzena de comércio aberto, parcialmente na capital paulista e uma retomada tímida da atividade comercial, em outros centros de compra no País.
Em São Paulo
Segundo a pesquisa, em São Paulo, 32% dos lojistas relataram que o faturamento caiu 90% em relação ao período pré-pandemia. Para 41% dos lojistas, o faturamento ficou reduzido em até 80% e 24% dos empresários registraram queda até 70%. No caso da capital, os dados já refletem o prejuízo do Dia dos Namorados, onde o comércio teve apenas um dia de vendas nos centros de compra que estão abertos durante quatro horas por dia.
“A queda foi vertiginosa nas vendas, o que mostra o quanto o setor do comércio foi comprometido com a pandemia. Os prejuízos estimados estão em 35 bilhões de reais e, só na grande São Paulo 10% das lojas não vão mais reabrir por falta de condições o que irá aumentar o desemprego, além da queda da arrecadação. Os lojistas de shopping seguem protocolos rígidos e mesmo assim estão sujeitos a restrições que não valem para todos os setores”, diz Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.
Em todo o estado há cerca de 180 shoppings que empregam milhares de pessoas, além dos empregos indiretos gerados pela atividade econômica dos empreendimentos. “Agora em São Paulo avançamos para a fase amarela mas, os restaurantes, o que incluem as praças de alimentação que tanto movimentam os shoppings ainda não podem reabrir. Foram três meses de fechamento total e mesmo com a baixa ocupação das UTIs na capital paulista, os lojistas e colaboradores terão que esperar mais uma semana”, disse Sahyoun.
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