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Março Lilás - Câncer do Colo do Útero: exames periódicos e vacinação são as melhores armas para a prevenção |
O Câncer de Colo de Útero acomete mais de 17 mil mulheres no Brasil e a vacinação e Papanicolau são fundamentais para diminuir os casos
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Durante o mês de março, a cor lilás ganha destaque nas campanhas de saúde em todo o país. O motivo? A conscientização sobre o Câncer do Colo do Útero, uma doença que ainda figura como uma das principais causas de mortalidade entre mulheres brasileiras. Segundo dados alarmantes, mais de 17 mil mulheres são afetadas por ano, e cerca de 7 mil perdem suas vidas em decorrência dessa enfermidade.
Em uma busca incessante por soluções, o professor Jesus Paula Carvalho, da Faculdade de Medicina da USP e chefe da equipe de Ginecologia Oncológica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, explica melhor sobre a prevenção e a vacina contra a doença. Ela acomete mais de 17 mil mulheres por ano no Brasil. Dessas, 7 mil morrem em decorrência do Câncer.
A principal causa desse tipo de Câncer, também chamado de Câncer Cervical, está associada à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), com destaque para os subtipos 16 e 18. Porém, outros subtipos do vírus também estão relacionados ao desenvolvimento da doença. O professor Carvalho ressalta que o Câncer do Colo do Útero muitas vezes avança de forma assintomática, dificultando o diagnóstico precoce.
Nesse sentido, a detecção precoce por meio de exames periódicos, como o teste de HPV e o exame de Papanicolau, é crucial. A realização desses exames com regularidade pode identificar lesões precursoras do Câncer em estágios iniciais, o que eleva as chances de tratamento bem-sucedido para quase 100%. “É uma doença traiçoeira, porque ela transcorre de forma silenciosa até os estágios avançados, quando só então dá sintomas. Até esse período se desenvolve de forma silenciosa, mas ela pode ser evitada através de vacinas e de exames de prevenção”, alerta Carvalho.
Entretanto, o aspecto mais promissor no combate a essa doença é a vacinação contra o HPV. O professor Carvalho enfatiza que a vacinação em massa, especialmente entre meninas de 9 a 14 anos, antes do início da atividade sexual, é fundamental para a erradicação do Câncer do Colo do Útero. Além disso, ele destaca a importância de que pelo menos 70% das mulheres realizem regularmente os testes de rastreamento.
Vacinação é fundamental
É importante ainda salientar que a vacinação não é uma questão exclusiva das mulheres. Meninos também devem ser vacinados, não só para reduzir o risco de transmissão para as mulheres, mas também para protegê-los contra complicações relacionadas ao HPV, como o Câncer de Pênis.“É possível eliminar essa doença do planeta, basta a gente tomar algumas medidas. A OMS definiu três pilares: o primeiro e mais importante de todos é garantir que pelo menos 90% das meninas recebam a vacinação contra HPV. Essa vacina deve ser feita entre 9 e 14 anos, antes delas terem qualquer atividade sexual. O segundo pilar é garantir que pelo menos 70% das mulheres façam pelo menos dois testes de rastreamento. O terceiro pilar seria garantir que essas lesões que são detectadas recebam esse tratamento adequado”, conclui o ginecologista Jesus Paula Carvalho. Diante desses fatos, é evidente que a prevenção, por meio da vacinação e dos exames periódicos, é o melhor caminho para combater o Câncer do Colo do Útero.
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