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Celulares ficam proibidos nas escolas e pais veem impacto positivo na socialização e no aprendizado |
 Para ter sucesso a medida dependerá não apenas das ações das escolas, mas também da colaboração ativa das famílias
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A partir deste ano letivo, as escolas estaduais, municipais e particulares de São Paulo deverão seguir novas diretrizes que proíbem o uso de celulares durante todo o período escolar, incluindo aulas, intervalos e atividades extracurriculares. A medida segue as Leis: Estadual nº 18.058/2024 e Federal nº 15.100/2025 que tem como objetivo reduzir distrações, melhorar a socialização e garantir um ambiente mais adequado ao aprendizado.
Os dispositivos deverão ser armazenados em locais específicos, como armários ou caixas e seu uso só será permitido em casos de necessidade pedagógica, condições de saúde ou acessibilidade, sempre com autorização dos professores. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) reforça que a tecnologia deve ser uma aliada da Educação, mas seu uso pode prejudicar o processo de ensino.
Caso um aluno utilize o celular sem permissão, a escola poderá instalar o aparelho e registrar a infração no aplicativo Conviva. Em casos de reincidência, os pais serão convocados para uma reunião e, se necessário, o Conselho Tutelar poderá ser acionado. Além das medidas disciplinares, a Seduc-SP prevê apoio psicológico e campanhas educativas para facilitar a adaptação dos estudantes à nova norma.
O que dizem os pais?
Muitos pais veem a barreira como positiva e acreditam que terão sorte no foco e na interação social dos alunos. Viviany Silotto, mãe de um estudante do Ensino Fundamental II, apoia a medida e acredita que dará mais força às escolas para aplicar as regras. “Acho necessário limitar o celular no ambiente escolar. Antes mesmo dessa lei, a maioria das escolas já restringia o uso. Acredito que agora as escolas terão mais força para cobrar dos alunos o cumprimento dessa regra, sem tantas reclamações. E a melhor parte da escola é a troca. Pode ajudar no foco e na sociabilização das crianças”, afirma.
Beatriz Florence, mãe de dois filhos, também aprovou a concessão e destaca que a competição entre professores e celulares na sala de aula é desleal. “Acho importante alertarmos as famílias sobre os danos do uso excessivo das telas. Para os professores, competir com o celular é difícil”, explica. Ela conta que já adota restrições em casa, usando um aplicativo para limitar o tempo de uso dos dispositivos pelas filhas.
Para a mãe Luciana Delbem, mãe de um aluno do 8º ano, teme que a proibição impeça registros de abusos ou irregularidades dentro das escolas. “Pode ser uma faca de dois gumes. Muitos casos de injustiça só vieram à tona porque os próprios estudantes registraram o que acontecia dentro das escolas”, pondera. Ela reforça que a discussão não deve se limitar à concessão do celular, mas sim ao papel da tecnologia na vida dos alunos e à necessidade de ensinar o uso responsável desses dispositivos.
Já a empresária Natália Cardoso defende que os pais devem apoiar a lei e ajudar na sua implementação. “Nosso papel é garantir que nossos filhos compreendam a importância da regra. Precisamos ajudá-los a desenvolver mais consciência sobre o uso das telas e encontrar formas de comunicação quando necessário”, destaca.
Com diversas opiniões, a nova regra gera debates sobre o impacto da tecnologia na Educação e no comportamento dos alunos. Enquanto muitos defendem a proibição como uma forma de melhorar a concentração e o convívio social, outros alertam para possíveis consequências na transparência dentro das escolas. O sucesso da medida dependerá não apenas das ações das escolas, mas também da colaboração ativa das famílias. |
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