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Áreas abandonadas agravam a preocupação sobre a dengue |
Muito se fala sobre a dengue quanto ao aumento ou diminuição do número de casos, proliferação do mosquito e o que deve ou não ser feito por parte da população. No entanto, a grande dificuldade está na fiscalização. Em todas as regiões da cidade há inúmeras áreas abandonadas com excesso de mato e água parada. Tratam-se de áreas públicas - como praças e canteiros, além dos terrenos particulares, o que dificulta o acesso por parte dos agentes de saúde que vistoriam os focos de dengue. Nestes casos é comum os próprios vizinhos recorrerem à Prefeitura para denunciar ou até mesmo para saber o que deve ser feito.
Terreno abandonado na Rua Vaz Muniz, no Jardim França | Na Zona Norte, as áreas abandonadas com excesso de mato, sejam elas públicas ou privadas, estão localizadas em diversos bairros. A reportagem da AGZN visitou cinco locais a pedido dos moradores. São eles: Parque Vitória, Casa Verde, Jardim França, Vila Mazzei e Jardim São Paulo. Em todas as áreas visitadas, a grande preocupação da comunidade é que estes espaços propiciem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Uma área localizada na Rua Vaz Muniz, no Jardim França, é um dos exemplos de abandono que preocupa os moradores. Vizinhos reclamam frequentemente dos insetos, roedores e até mesmo quanto ao descarte irregular de lixo. Sem contar que o mato invadiu totalmente a calçada, impedindo também a passagem dos pedestres.
Canteiro da Rua Viri onde o mato preocupa os moradores da região | No Jardim São Paulo, o problema está no canteiro que separa as ruas Viri e Nogueira Accioli. O mato está crescendo e a Prefeitura ainda não havia realizado a poda até a última terça-feira (5/3), o que também se tornou alvo de reclamação da comunidade.
Na Avenida Dr. Antônio Maria de Laet, o mato também invadiu a calçada e toma conta do canteiro que separa a avenida da Rua Pero Vidal. Próximo deste local, na Rua Comandante Antônio Paiva Sampaio, no Parque Vitória, um terreno particular também apresenta excesso de mato.
De acordo com a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) a cidade realiza, permanentemente, o controle da doença segundo diretrizes gerais do Plano Nacional de Controle da Dengue. O Programa Municipal de Vigilância e Controle da Dengue desenvolve suas atividades o ano inteiro e é dividido em ações preventivas, educativas e de controle. Nesse programa trabalham 2.700 agentes de controle de zoonoses e quase 7 mil agentes comunitários de saúde. No segundo semestre de 2012 as ações foram intensificadas, visando à redução de criadouros.
O Ministério da Saúde (MS) estabelece três níveis de incidência de dengue para classificar a doença em relação à população: baixa incidência, quando há até 100 casos por 100 mil habitantes; média incidência, de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes; e alta incidência, a partir de 300 casos por 100 mil habitantes. Assim, segundo a Covisa, os níveis atuais de São Paulo, uma cidade de mais de 11 milhões de habitantes, estão muito abaixo do que determina o Ministério.
Em 2013, a cidade registrou 33 casos autóctones (adquiridos no município) com coeficiente de incidência de 0,3 casos por 100 mil habitantes. Durante o ano de 2012 foram 1.150 casos autóctones.
É importante ressaltar que todo caso suspeito de dengue atendido na rede pública ou privada deve ser imediatamente notificado aos órgãos de vigilância em saúde, que iniciam a investigação do caso e as medidas de controle da transmissão (bloqueio de transmissão). As atividades preventivas e educativas são as visitas, casa a casa, a pontos estratégicos e imóveis especiais, que são realizadas o ano inteiro. No casa a casa são identificados e eliminados os criadouros e o munícipe é orientado a fazer o mesmo no dia a dia.
De acordo com a Covisa, são monitorados quinzenalmente pontos estratégicos (locais com acúmulo de recipientes favoráveis a proliferação do mosquito, como: borracharia, desmanche, ferro velho e outros). O município de São Paulo monitora também os imóveis especiais (locais onde circulam grande número de pessoas suscetíveis a doença, principalmente escolas, unidades de saúde e outros).
Em terrenos abandonados, quando agentes não conseguem realizar a vistoria por não ter um responsável para permitir a entrada e acompanhamento da vistoria, é solicitada a localização e notificação do proprietário pela subprefeitura para que o mesmo mantenha sua propriedade livre de criadouros.
O índice de infestação larvária é realizado três vezes ao ano, em fevereiro, julho e outubro. Este índice aponta a região de maior infestação pelo mosquito e o tipo de recipiente que predomina como criadouro, servindo de base para o planejamento das ações de intensificação.
Para evitar a propagação do mosquito Aedes aegypti, é necessário:
•Preencher com areia os pratos de vasos de plantas; •Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva; •Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo; •Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro; •Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas; •Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos; •Lonas, aquários, bacias e brinquedos devem ficar longe da chuva; •Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou Operação Cata-Bagulho; •Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge, ponha água só na terra.
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