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Movimento contra desapropriação em Santana defende mudança de área para novo terminal |
Prefeitura tem projeto de terminal de ônibus numa das mais importantes áreas comerciais de Santana |
O projeto de construção de um novo terminal de ônibus em Santana anunciado pela Prefeitura tem provocado grande mobilização entre comerciantes, moradores e entidades representativas. Como parte das ações voltadas para a melhoria da mobilidade urbana, o projeto envolve uma das áreas mais valorizadas e comercialmente ativas da Zona Norte, o quadrilátero entre as ruas Leite de Moraes, Voluntários da Pátria, Darzan e a Avenida Cruzeiro do Sul. Segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o local possue 18 estabelecimentos comerciais entre pequenas, médias e grandes empresas e reúne cerca de mil trabalhadores diretos.
A desapropriação da área consta do Decreto nº 54.187, de 7 de agosto último, publicado pela Prefeitura. Na última segunda-feira (23/9) a Prefeitura republicou o decreto com algumas alterações no texto, mas mantendo a mesma área declarada de utilidade pública. Desde o anúncio do projeto pela SPTrans em reunião na Subprefeitura Santana-Tucuruvi, no último dia 11/9, proprietários, comerciantes e moradores da área em questão e entorno têm se mobilizado contra essa medida, defendendo um outro local para a construção do novo terminal de ônibus, com o objetivo de preservar essa importante área comercial e as características no bairro de Santana. Na última terça-feira (24/9), comerciantes, proprietários e representantes se reuniram na sede da Associação Comercial de São Paulo - Distrital Norte para formar uma comissão que irá pleitear uma reunião com o prefeito Fernando Haddad.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) - Distrital Norte sediou mais uma vez a reunião com membros da comunidade local e entidades representativas para discutir a mobilização contrária à desapropriação de uma das áreas comerciais mais importantes da região, o quadrilátero entre as ruas Leite de Moraes, Voluntários da Pátria, Darzan e a Avenida Cruzeiro do Sul.
Reunião na sede da ACSP-Distrital Norte discute mobilização contra desapropriação de área comercial em Santana | No início da reunião, o diretor-superinten-dente da Distrital Norte, George Ayoub informou a todos sobre a republicação, na última segunda-feira (23/9), do Decreto nº 54.187, que declara de utilidade pública os imóveis da área em questão. O novo texto, porém, não altera a extensão da área a ser desapropriada. Entre os desdobramentos do assunto, o vice-presidente da ACSP, João Bico, relatou ter participado de um encontro entre o vereador Nelo Rodolfo, o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura, Fábio Remesso e Roberto de Moraes Moura, superintendente de Projetos da São Paulo Transportes para uma visita à área em questão. “Pelo o que nos foi mostrado, o assunto está bastante adiantado e será de difícil reversão.”
Porém, tendo em vista a importância comercial da área e a existência de outros locais próximos sem tanta atividade econômica e já degradados, o superintendente de projetos da SPTrans comprometeu-se em analisar um outro local para a construção do terminal num prazo de 20 dias. Uma das áreas apontadas está no espaço entre a Voluntários da Pátria e Avenida Santos Dumont, onde não há tanta atividade comercial e já apresenta degradação. “Nesse local, o custo das desapropriações representaria cerca de 10% do que o da área atualmente considerada e está próxima a parques públicos, que é uma tendência da Prefeitura”, defendeu Bico.
Outra alternativa foi apresentada por Jorge Ifraim, que defendeu a ideia de utilizar a área próxima a Praça Heróis da FEB, que já é municipal. “Ali estamos próximos da Avenida Brás Leme e do metrô, não tem custo de desapropriação e ainda acabaríamos com os grandes eventos que tanto prejudicam a região”, afirmou.
A reunião contou ainda com a presença de Josimar Andrade, diretor de Relações Públicas do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que apresentou a posição da entidade contrária a desapropriação. “O Sindicato dos Comerciários representa quase mil trabalhadores diretos desse quadrilátero que a Prefeitura, de forma errônea na visão do sindicato, quer desapropriar. Nesse local há um comércio sólido, com empresas pequenas, médias e grandes que têm filiais em todo o Brasil. Nós estamos falando de empregos a serem ameaçados, moradores residentes há muitos anos na região que estão ameaçados de perder sua propriedade. Fizemos um levantamento de quantas lojas diretamente estão envolvidas: temos aproximadamente 18 lojas, que envolvem quase mil trabalhadores diretos, fora os indiretos, que perderiam o emprego. Isso não aceitamos de forma nenhuma”, afirmou Andrade.
Defendendo uma nova área para a construção do terminal, Andrade esclareceu que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo deve encaminhar um ofício ao prefeito Haddad posicionando-se oficialmente contra a desapropriação dessas ruas comerciais e coloca a disposição dos interessados os mecanismos para levar a diante a mobilização da sociedade local. “Estamos colocando a disposição toda a estrutura para fazer a mobilização para chamar a atenção da Prefeitura e provocar o debate com a sociedade, que não foi consultada sobre esse absurdo”, afirmou.
Uma nova reunião para tratar o assunto estava prevista para a última quinta-feira (26/9), na expectativa de trazer o superintendente de Projetos da SPTrans, Roberto de Moraes Moura. Na última terça-feira (24/9), também foi formada uma comissão representativa dos comerciantes, moradores e proprietários do quadrilátero declarado de utilidade pública com o objetivo de, através da ACSP, conseguir uma audiência com o prefeito Fernando Haddad. A comissão conta com os seguintes membros: João de Favari - coordenador Regional Norte da ACSP; George Ayoub - diretor-superintendente ACSP-Distrital Norte; João Bico de Souza - vice-presidente ACSP; Luiz Alberto - diretor-superintendente ACSP-Distrital Centro; Michel Rocha - diretor-superintendente ACSP-Distrital Vila Maria; Ari Pereira - diretor-pleno da ACSP; Cleverson Alves da Silva - conselheiro da Distrital Norte e proprietário da Maxtal Imóveis; Josimar Andrade - diretor de relações sindicais do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; Gilson Borges de Aquino - comerciante da empresa Pais e Filhos; Fernanda Uchoa; Osmar Gomes - empresa Esfiha Chic; Renato Marcondes - empresa Escola de Aviação; José Valle - empresa Lojão do Brás; Wilson Gomes - empresa Esfiha Chic; Sidnei Hisamoto - Edifício Christina; Norma Vanucci - Edifício Christina; Adir Vergilio - comerciante; Jorge Ifraim - conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Sustentável (CADES) - ST; maestro Tulio Callacioppo - Faculdade Mozarteum; Miriam Zelikowski - moradora da Rua Darzan.
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