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| Maio é marcado pelos 20 anos de morte do piloto Ayrton Senna |
 Ayrton Senna erguendo a taça no
pódio do GP de Mônaco, em que detém
o recorde de maior número de vitórias,
seis no total. O piloto é considerado o
maior vencedor da história do evento
(1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993) | O último dia 1º de maio foi marcado não só pelo feriado de Dia do Trabalho, mas também por ser a data que entrou para a história e está na memória de muitos brasileiros. Há 20 anos, o Brasil se despedia de um de seus maiores ídolos do esporte, Ayrton Senna da Silva. Nesta data, no ano de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, o piloto deu adeus às pistas e a seus inúmeros fãs espalhados pelo mundo.
Nascido em São Paulo, em 21 de março de 1960, Ayrton Senna foi criado na Zona Norte, no bairro Tremembé. Era dali que ia para o colégio e para o autódromo, cruzando toda a cidade para correr de kart, em Interlagos.
Senna começou sua carreira na F-1 em 1984, pela Toleman, uma equipe inexpressiva. No ano seguinte, já na Lotus, ele conquistaria sua primeira vitória em um Grande Prêmio. Nela, disputou grandes prêmios entre 1985 e 1987, vencendo seis vezes. Passou a competir com pilotos consagrados, como Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet.
O brasileiro acertou sua entrada na McLaren Honda em 1987. Com tecnologia de ponta, a McLaren associava aerodinâmica e potência. Combinando técnica e audácia, o piloto acelerou na chuva e chegou ao seu primeiro título, em 1988. Com apenas cinco anos de F-1, Senna mostrou ao mundo que em situações adversas e arriscadas seu talento transbordava. Foi vice, em 1989 e novamente campeão nos anos de 1990 e 1991. Nessa época, a inimizade entre Senna e o também piloto da McLaren Alain Prost tornou-se pública.
O ano de 1992 marcou a decadência da equipe da Honda. Senna teve problemas em várias provas e acabou a temporada em quarto lugar. No ano seguinte, Senna despediu-se da McLaren, completando uma prova pela última vez, em Adelaide, na Austrália. O campeão mundial transferiu-se para a Williams em 1994. Sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de pole positions que deteve. Sobre asfalto chuvoso, demonstrava grande capacidade e perícia, como em atuações antológicas nos GPs de Mônaco 1984, de Portugal 1985 e da Europa 1993. Senna ainda detém o recorde de maior número de vitórias no prestigioso Grande Prêmio de Mônaco – seis.
No dia 1º de maio Senna liderava a prova no circuito de Ímola, na Itália, quando saiu da pista na curva Tamburello e bateu no muro de proteção a 300 km/h. Foi socorrido na pista. Quando a equipe médica chegou, porém, o piloto já estava morto.
No dia 4 de maio de 1994, seu corpo chegou ao Brasil. A população assistiu ao cortejo fúnebre que foi do aeroporto à Assembleia Legislativa. Coberto com uma bandeira do Brasil, o corpo do campeão foi velado por milhares de pessoas, recebendo honras de Chefe de Estado. Em dez anos de Fórmula 1, Ayrton Senna disputou 161 corridas, venceu 41 e conquistou 62 pole positions (primeira posição de largada). O impacto de sua morte ainda causa comoção e tristeza na população. Este ano, Ayrton Senna foi homenageado pela escola de samba Unidos da Tijuca, que veio a ser campeã do carnaval carioca. |
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