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Zona Norte abriga museu arqueológico
em complexo arquitetônico histórico
Ana Carla Pereira
Foto: AGZN
O Sítio dos Morrinhos, que abriga o Museu e o
Centro de Arqueologia de São Paulo, fica na
Rua Santo Anselmo, 102, no Jardim São Bento


Neste feriado ou no período de férias que se aproxima, há uma boa dica de passeio cultural, com entrada franca, aqui mesmo na Zona Norte. Uma antiga casa, quase escondida em meio a uma grande área verde no Jardim São Bento, bem próximo da movimentada Avenida Brás Leme, abriga um importante tesouro histórico da capital paulista. Trata-se do Sítio dos Morrinhos, localizado no número 102 da Rua Santo Anselmo.

Neste belo complexo arquitetônico do século 18, estão instalados o Museu e o Centro de Arqueologia de São Paulo, dedicados aos materiais provenientes de escavações e pesquisas realizadas pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) em toda a cidade. Para estudiosos da área e até para estudantes focados em pesquisas históricas, há ainda uma biblioteca especializada sobre o tema.


Desde 2009, o público pode visitar no local a exposição Escavando o Passado – A Arqueologia na Cidade de São Paulo, que tem curadoria da arqueóloga Cíntia Bendazzoli. Com entrada franca e acompanhamento de monitores, a mostra, única na cidade atualmente a apresentar essa temática, conta com fragmentos encontrados na cidade de São Paulo nos últimos 40 anos, como pedras lascadas, cerâmicas indígenas, partes de louças e até fragmentos de ossos, entre outros materiais.

Por influência da literatura e do cinema, a Arqueologia é sempre associada a grandes aventureiros que partem em jornadas repletas de riscos em locais inusitados, na busca por tesouros inestimáveis, ao estilo de Indiana Jones. No entanto, aos olhos desta ciência que estuda culturas de sociedades passadas a partir de seus vestígios materiais, todo e qualquer item ou seu mero fragmento representa uma peça importante na composição de um quebra cabeças que pode revelar como os homens comuns viviam no cotidiano - o que vestiam, o que comiam, como moravam, como caçavam e como trabalhavam, entre outras curiosidades.

Um bom exemplo deste fascinante ofício está aqui na Zona Norte, em antiga casa quase escondida em meio a uma grande área verde no Jardim São Bento. Bem próximo da movimentada Avenida Brás Leme, abriga-se um importante tesouro histórico da capital paulista. Trata-se do Sítio dos Morrinhos, localizado no número 102 da Rua Santo Anselmo.

Foto: AGZN
A casa principal do complexo arquitetônico do
Sítio dos Morrinhos, que é tombada como patrimônio histórico,
foi construída no século 18


Neste belo complexo arquitetônico do século 18, estão instalados o Museu e o Centro de Arqueologia de São Paulo, dedicados aos materiais provenientes de escavações e pesquisas realizadas pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) em toda a cidade. Para estudiosos da área e até para estudantes focados em pesquisas históricas, há ainda uma biblioteca especializada sobre o tema.

Desde 2009, o público pode visitar no local a exposição Escavando o Passado - A Arqueologia na Cidade de São Paulo, que tem curadoria da arqueóloga Cíntia Bendazzoli. Com entrada franca e acompanhamento de monitores, a mostra, única na cidade atualmente a apresentar essa temática, conta com fragmentos encontrados na cidade de São Paulo nos últimos 40 anos, como pedras lascadas, cerâmicas indígenas, partes de louças e até fragmentos de ossos, dentre outros materiais.

“Quando se fala em arqueologia, as pessoas logo pensam em escavações em grandes ruínas ou pirâmides”, afirma o arqueólogo Renato Silva Mangueira, que recebeu a reportagem de AGZN. “Mas, ela é muito mais do que isso. Todo material encontrado nos remete a um contexto, que pode ser dado a partir da profundidade em que foi encontrado, ou de características como pinturas ou entalhes. Fazemos uma leitura do que sobreviveu ao tempo, que não foi comido pela terra”.

Assim, mesmo sob o concreto de uma mega metrópole como São Paulo, estão escondidos vestígios preciosos que podem contar a história de nossos antepassados. Na exposição do Sítio dos Morrinhos há peças encontradas em bairros como Pinheiros, Capão Redondo e São Miguel, dentre outros. Normalmente, mais sítios são encontrados quando se iniciam as escavações para a construção de novos empreendimentos.


“Por lei, todo grande empreendimento requer licenciamento ambiental e uma pesquisa arqueológica, porque, de acordo com a União, toda a riqueza do solo é considerada patrimônio público”, explica o especialista. “A legislação garante essa proteção às descobertas, mesmo que haja polêmicas entre proprietários e Estado”.


O próprio Centro de Arqueologia de São Paulo surgiu a partir da aplicação deste recurso legal. Em 2003, duas construtoras deram início a um condomínio localizado no Morumbi sobre um sítio de rochas datadas de cerca de cinco mil anos atrás. Após uma ação judicial, o material coletado foi encaminhado para o Sítio dos Morrinhos, que foi oficializado como centro de estudos a partir de decreto de 2010.

Os itens reunidos na ocasião deram então origem à exposição permanente. À entrada da mostra, há uma reprodução de uma escavação e fragmentos de rochas das quais eram confeccionadas pontas de flechas, facas e outros utensílios de uso cotidiano de nossos antepassados.

No acervo do Sítio dos Morrinhos, que conta com cerca de cem mil itens encontrados desde 1979, quando a atividade arqueológica começou a ser ordenada na cidade, há ainda peças encontradas do centro velho da cidade, especialmente no Solar da Marquesa, e na própria área do museu. Entre os destaques, está uma urna funerária indígena, datada do século 19. “Essa peça chama a atenção principalmente das crianças, que ficam fascinadas por descobrir que ela era um caixão, onde os índios enterravam seus mortos e que havia um ritual cheio de significados”, conta Rafael.


Mas, apesar do grande interesse histórico contido em sua estrutura e acervo, o complexo ainda não é muito conhecido pelo paulistano. Segundo Paula Nishida, diretora do Sítio dos Morrinhos, hoje a maior parte dos visitantes é composta por estudantes.


“Muitas pessoas nem tem
ideia do que temos aqui. Algumas acham difícil chegar aqui. Mas, estamos bem próximos da Avenida Brás Leme, que é uma referência importante e tem fácil acesso”, diz. “Por mês, recebemos pouco mais de cem pessoas. Até bem pouco tempo, nem isso. Estamos melhorando devido à informação de boca a boca, porque não temos um totem de identificação na entrada nem verba para distribuição de folders”.

Apesar das dificuldades para novos investimentos e para divulgação, a equipe do museu está trabalhando em um novo projeto, com apoio de recursos tecnológicos que permitirão maior interatividade do público.


“Em breve, abriremos uma nova exposição, com itens obtidos a partir de uma escavação em Pinheiros, próximo ao Largo da Batata. Ainda não temos data de abertura, mas já estamos preparando”, conta Paula. “O grande diferencial desta mostra será a utilização de recursos tecnológicos para interatividade com o público. Através de um aplicativo que poderá ser baixado nos telefones dos próprios visitantes, algumas peças poderão ser vistas em 3D. Além disso, haverá reproduções em resina dos itens expostos, que poderão ser manuseadas pelos visitantes”.


Futuro parque

O complexo arquitetônico e sua área externa são atrações à parte no Sítio dos Morrinhos. Sua estrutura remonta ao período em que os bandeirantes exploravam a cidade em busca de riquezas. Composto pela casa sede, construída no início do século 18, e por diversas construções anexas datadas da segunda metade do século 19 e outras do início do século 20, todo o conjunto está inserido no centro de uma extensa área verde, formada por árvores frutíferas e ornamentais.

Originalmente, a casa, construída em taipa de pilão, foi uma residência rural que servia como sede de sítio, de propriedade da família Baruel. No piso térreo, conta com cinco cômodos e um alpendre. No superior, há uma camarinha construída pelos beneditinos no início do século 20. As paredes são largas e altas. As janelas e portas são amplas, com acabamentos em sólida madeira e arremates de ferro. Na entrada, algumas possuem beiral ricamente entalhado.


Já as construções anexas, antigamente utilizadas como senzala, abrigo para animais e oficinas, são de alvenaria de tijolos datados do século 20.


Em 1902, toda a área foi levada a leilão e arrematada pela Associação Pedagógica Paulista, como representante do Mosteiro de São Bento. A partir de então, o conjunto arquitetônico foi utilizado como chácara de descanso de seus membros nos finais de semana.


Em 1952, o Mosteiro de São Bento fez um acordo com a firma Camargo Corrêa S.A. para a realização do loteamento da região, que deu origem ao atual bairro Jardim São Bento. Sebastião Ferraz de Camargo passou a ser o proprietário do lote onde se encontra o Sítio dos Morrinhos e doou o imóvel para a Prefeitura do Município de São Paulo.


Por muito tempo, o complexo ficou ocioso, tendo até servido como abrigo para os sem-teto por algum tempo. Em 1984, foram executadas obras de consolidação e reforço estrutural. Em 2000, teve início a restauração e conservação de todo o conjunto, a partir de pesquisas históricas e prospecções arqueológicas. Os elementos antigos foram mantidos e agregados a princípios arquitetônicos com características contemporâneas como pisos, jiraus e todo o sistema de iluminação museológica.


Segundo Paula Nishida, em 2012 foi assinado um decreto estabelecendo a criação de um parque na área onde está inserida o complexo arqueológico, que é tombado desde 1948 como patrimônio histórico. “Essa proposta seria a ideal para a área”, afirma. “Mas, isso ainda depende de recursos para adaptação da estrutura ao público”.


Enquanto esse projeto não se concretiza, o museu segue aberto ao público, de terça a domingo, das 9 às 17 horas. Visitas de grupos escolares ou à biblioteca para pesquisa devem ser agendadas por telefone (2236-6121).

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