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Movimento contra o Trecho Norte do Rodoanel
tenta barrar financiamento do BID
 Géssica Rodrigues
Serra
A proposta dos ambientalistas é proteger a Serra da Cantareira, considerado um patrimônio natural
Um grupo de ambientalistas da Serra da Cantareira, composto pelo engenheiro agrônomo Mauro Víctor, que foi um dos fundadores do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), está tentando impedir as obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Com o apoio de 60 ONGs da região, o grupo recorreu ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) solicitando a suspensão do financiamento de R$ 2 bilhões prometido ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Estimada em R$ 5,2 bilhões, o Trecho Norte do Rodoaneal deve ligar o Aeroporto Internacional de Guarulhos com a Rodovia Fernão Dias e aos trechos Oeste e Sul do Rodoanel.

Em entrevista à AGZN, na última quarta-feira (3/8), Mauro Víctor falou sobre o interesse do grupo, as questões ambientais e a participação na primeira reunião, realizada no último dia 12, em São Paulo, com representantes do BID, Ministério Público, Sociedade Civil, Dersa e JGP, a empresa que fez o estudo.

A luta para proteger a Serra da Cantareira e seu entorno teve início há mais de 20 anos, quando a Prefeitura de São Paulo queria fazer ali uma avenida de fundo de vale, que cortaria o bairro do Tremembé e destruiria sua característica de cidade de interior. Era um ambiente bucólico, com cinco fontes produtivas de água mineral. A ideia era ligar as rodovias Dutra e Fernão Dias à Anhanguera, cortando o Tremembé e parte do Horto Florestal. Diante da ameaça, as pessoas se uniram e iniciou-se uma campanha, bem-sucedida, que conseguiu sustar o projeto no Banco Mundial e em outras fontes de financiamento. O argumento utilizado foi provar que o impacto ambiental seria muito danoso para São Paulo e destruiria aquela região.

Anos depois, no final da década de 80, o Governo do Estado tinha intenção de construir a Via Perimetral Metropolitana (VPM) na região. Na época, a comunidade do Tremembé realizou uma campanha, engajada por Vera Lúcia da Silva Braga (1942-2000). “Diante da ameaça, minha falecida esposa, Vera Lúcia, iniciou uma campanha com a comunidade do Tremembé para que não fosse feita a via e houvesse a destruição da região”, explica o ambientalista Mauro Víctor. “Foi feito um abaixo-assinado que objetivava que todo o cinturão verde de São Paulo fosse decretado reserva da biosfera e patrimônio da humanidade, e no qual também se pedia o fim desse projeto de via perimetral metropolitana”, disse. “Conseguiu-se reunir cerca de 150 mil assinaturas, um trabalho feito de porta em porta.” Foi a Paris, à Organização das Nações Unidas para a  Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), entregou o abaixo-assinado e conseguiu.”

Em 9 de junho de 1994, a Unesco incluiu a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo na Rede Mundial de Reservas da Biosfera, mérito igualmente atribuído ao Instituto Florestal de São Paulo que encampou a iniciativa, respaldando o movimento legítimo, verdadeiro, de profundas raízes populares, do qual Vera Lúcia foi representante.

Agora, a luta continua para impedir que seja feito o Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Desde o início do projeto do Rodoanel, o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) apresentou Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e o grupo de ambientalistas preparou um Anti-Rima. Nas últimas semanas, os ambientalistas conseguiram uma vitória importante contra o governo estadual. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) instalou um painel de investigação para averiguar as denúncias apresentadas ao banco no formato de Estudo de Impacto Ambiental paralelo.

MárioO engenheiro agrônomo Mauro Víctor
mostra a devastação da área verde do estado
de São Paulo nas últimas décadas
Para Mauro Víctor, a região tem uma importância muito grande para a qualidade de vida do cidadão. “Isso aqui é ar puro, é estabilidade térmica, é biodiversidade, é uma verdadeira arca de Noé ao ar livre, então preparamos o anti-Rima, porque nós temos o direito ao contraditório, e enviamos para o BID e foi aberto um painel de investigação,” comentou o ambientalista.

Segundo ele, nesse estudo existe, inclusive, a parte econômica. “Colocamos em um gráfico quanto isso está representando para o bolso do cidadão e esse gráfico mostra que quando começou com a VPM disseram que ia custar R$ 2,5 bilhões e hoje está em R$ 25 bilhões e se pusermos os passivos sócio-ambientais vai a R$ 50 bilhões”, disse. “Então eu quero discutir com o banco o quanto isso está sacrificando o bolso do cidadão. Queremos transparência.”

Outra questão mencionada por ele é quanto às desapropriações. “São 20 mil cidadãos que serão desalojados, que serão removidos de seus lares e não se sabe para onde”, ressaltou, “O nosso grupo também já enviou uma denúncia para a Organização das Nações Unidas para a Comissão de Direitos Humanos. Será que o cidadão que mora aqui quer ser removido?”, questiona.

Há também estudos do professor Manoel Oliveira da Universidade de Guarulhos, com imagens de satélite termais, que mostra que entre a área do Centro da Cidade e a Cantareira existe uma diferença térmica de 15 graus. “Nós aqui, felizmente, temos o estabilizador térmico natural da Serra da Cantareira, isso também nós queremos que seja discutido se vale a pena destruir ou não”, destacou. “Vão destruir na serra, dois parques do Ibirapuera. São 4 milhões de metros quadrados, e isso não conta? O governo diz que vai haver compensação ambiental, mas onde? Nós vivemos aqui”, ressalta.

Para ele, o Governo tem um discurso e eles têm outro. “Que venha uma perícia internacional e avalie
se a nossa denúncia procede ou não, se nossos argumentos são ou não consistentes. Mas que seja imparcial, externa, transparente e apartidária.”

O ambientalista falou ainda sobre a questão das enchentes. “Eles vão remover 50 milhões de metros cúbicos de terra para fazer os sete túneis e nós questionamos: Aonde vai essa terra? Vai rodar aqui para baixo através do Cabuçu de Cima e do Cabuçu de Baixo, que são afluentes do Tietê. A cidade já não aguenta mais.”

O estudo apresenta ainda outras questões que contradizem o governo. A expectativa é de que a investigação, que já está em andamento, seja concluída e que a obra seja barrada. Porém, o anti-rima alerta para consequências importantes. “Não é apenas uma luta pelo verde. Nós estamos lidando com natureza, bem público, patrimônio da humanidade e com pessoas”, conclui Mauro Víctor.
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