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Imirim
Projeto social no bairro oferece atividades para crianças e adolescentes carentes |
O fundador do projeto e professor de muay thai, Márcio Roberto Ferreira Lima, busca apoio financeiro para construir um espaço maior | Com o objetivo de tirar crianças e adolescentes das ruas, foi criado o projeto “Sorria Menino”, uma parceria do Centro Cultural Chora Menino com a Polícia Militar do Estado de São Paulo. O programa, realizado na Base Comunitária de Segurança do Imirim, pertencente a 1ª Cia. do 9º BPM/M, oferece aulas de judô, jiu jitsu, capoeira, muay thai, balé, teatro e educação ambiental para crianças e adolescentes, dos 5 aos 16 anos.
De acordo com o fundador do projeto, Márcio Roberto Ferreira Lima, o espaço foi cedido com a autorização da Polícia Militar para uso das atividades. Voluntariamente, os professores ministram as atividades esportivas em um tatame instalado em área externa da base. No entanto, ele comenta que a intenção dos responsáveis pelo projeto é que seja construído um imóvel, no mesmo terreno da base, para dar continuidade ao programa em condições adequadas e, desta forma, atender mais crianças e jovens. “Para isso precisamos de recursos financeiros.”
Lima comenta que hoje são atendidas cerca de 200 crianças e adolescentes. “E já existe uma lista de espera porque não conseguimos atender mais que isso.” Segundo ele, conforme o aluno desiste das aulas e tem um determinado número de faltas, ele é comunicado que não faz mais parte do projeto e automaticamente a oportunidade é passada para outro interessado.
Segundo a ten. Andressa Sartoreto, da 1ª Cia. do 9º BPM/M, a iniciativa da Polícia Militar em levar a comunidade para dentro da base é muito positiva. “Essa integração é importante para que a comunidade perceba que ela tem o apoio do policial e, no caso, das crianças, que além do respeito ele veja o PM como um amigo.” Ela acredita que esta também é uma maneira de evitar que as crianças fiquem na rua. “É uma forma de melhorar o nosso serviço, porque aqui dentro eles não estão fazendo coisas erradas e nós não estamos dando abertura para eles se marginalizarem.”
Os alunos no treinamento da aula de muay thai | Aluno de muay thai, há cerca de um mês, o pequeno Heitor Ferreira de Andrade Pessoa Bezerra, de 5 anos, tem se mostrado interessado na prática da atividade. “Ele gosta muito de vir para as aulas”, disse a avó do menino, Berenice Ferreira de Andrade. Ela também acha uma excelente iniciativa da Polícia Militar no apoio ao projeto.
O idealizador do “Sorria Menino” comenta ainda que uma das condições para frequentar as aulas é apresentar o boletim escolar, para comprovar que também estão se dedicando aos estudos. Além disso, ele ressalta que, no caso das lutas marciais, as crianças e os adolescentes são orientados a não usarem o aprendizado das aulas para brigar nas ruas. “Caso o aluno tenha esta atitude, ele perde a vaga e o direito à prática da atividade.
O projeto é realizado de segunda a sexta-feira, das 18 às 22 horas, e aos sábados, às 16 horas – com aula de educação ambiental e às 19h15 – com uma das aulas de judô. Cada modalidade é ministrada três vezes por semana, em dias alternados, com exceção do balé, que é realizado às terças-feiras.
 As meninas também têm participação ativa nas aulas de muay thai | Para participar, os interessados devem se dirigir até a Base Comunitária de Segurança do Imirim, às segundas e quartas-feiras, a partir das 18h30, e procurar Jacó ou Kate para se inscrever e aguardar na lista de espera. É necessário levar uma foto 3 x 4; o RG da criança e do pai/mãe ou responsável; comprovante de residência; assinar um termo de autorização em caso de acidentes durante as aulas esportivas; preencher uma ficha cadastral com os dados da criança e se ela tem algum problema de saúde.
Lima, que dá aulas de muay thai, explica que o tatame para a prática das artes marciais foi doado pelo ex-judoca Aurélio Miguel, e as aulas são ministradas voluntariamente pelos seguintes professores: Denis (judô); Adriana (teatro); Luciana (balé); Mestre Cabeção (capoeira); Kate (educação ambiental); Dudu, mais conhecido como Tiozinho (jiu jitsu). O diretor jurídico do projeto é o Everton Zadikian, a parte administrativa é realizada por Jacó Minassian e o presidente do projeto é Ivan Alves Dantas. |
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