Depois de um mês intenso sobre o câncer de mama chegou a vez dos homens, Novembro Azul inicia mais uma campanha de conscientização sobre saúde masculina na Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo.
O último balanço divulgado agora em setembro pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) revela que o câncer de próstata ainda permanece como a doença mais comum e a segunda maior causa de óbito oncológico no sexo masculino. São estimados 68.220 novos casos em 2018 no Brasil, sendo o tipo de câncer mais incidente nos homens (exceto o câncer de pele não melanoma) em todas as regiões do País.
Apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença. Atualmente, cerca de 20% ainda são diagnosticados em estágios avançados, embora um declínio importante tenha ocorrido nas últimas décadas em decorrência, principalmente, de políticas de rastreamento da doença e maior conscientização da população masculina.
O que é o câncer de próstata?
Acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado.
Quais são os sintomas?
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, mas, quando alguns começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. A ausência de sintomas não significa que não há problemas, os principais na fase avançada são:
•Dor óssea;
•Dores ao urinar;
•Vontade de urinar com frequência;
•Presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Fatores de Risco
•Histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
•Raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
•Obesidade.
Diagnóstico Precoce / Recomendação
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce, mesmo na ausência de sintomas. Homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir anualmente ao urologista para fazer o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, além de fazerem o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
Tratamento
O tipo de tratamento vai depender do estágio da doença em cada paciente, doença localizada (confinada à próstata), vigilância ativa: acompanhamento clínico da doença. Utilizada em casos quando o tumor tem características pouco agressivas. Cirurgia radical: aberta, laparoscópica e robótica.
Radioterapia
Doença localmente avançada (somente ultrapassa os limites da próstata): Cirurgia radical acompanhada ou não de hormônio Doença avançada (presente em outros órgãos, como ossos, gânglios e pulmões): Tratamento clínico com hormonioterapia, quimioterapia e novas drogas orais, que melhoram a qualidade de vida e aumentam a sobrevida.
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