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Ministério Público promove audiência sobre o Carnaval de Rua de São Paulo |
 Audiência no Ministério Público de São Paulo
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O Ministério Público de São Paulo promoveu na última terça-feira, uma audiência pública sobre o Carnaval de Rua de São Paulo. Na ocasião, o promotor César Ricardo Martins convocou representantes de todos os órgãos envolvidos na organização do Carnaval de Rua de São Paulo, desde a Prefeitura, CET, Metrô, CPTM, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana, entre outros para apresentarem seus relatórios e números.
De acordo com o promotor César Ricardo Martins, o objetivo dessa audiência é analisar os resultados do Carnaval e identificar os pontos a serem trabalhados para 2020. Para ele, os números mostram que houve redução no número de incidentes, mas há pontos a serem melhorados, principalmente na região central da cidade. “Há necessidade de se aprimorar a aproximação dos órgãos. Por exemplo, tendo bem presente um Centro de Comando local onde as pessoas possam ter atendimento de saúde, infraestrutura, CET, informação”, afirmou. “No planejamento temos que pensar na segurança e conforto para as pessoas chegarem aos eventos, diminuição de conflitos com os moradores e na mobilidade. Tem que ter a mobilidade da cidade preservada e garantir que as pessoas cheguem aos eventos com segurança”.
Diferente do que aconteceu em anos anteriores, onde os representantes se referiam a problemas na região de Pinheiros, dessa vez a maior parte dos problemas apontados referiram-se à região central. A Zona Norte não recebe diretamente os megablocos, mas neste ano a Avenida Tiradentes, principal acesso para a região, foi incluída no circuito dos blocos carnavalescos.
Diante disso, a interdição parcial da avenida e o fechamento esporádico da Estação Armênia do Metrô foram algumas das medidas adotadas durante o Carnaval. Entre as questões apresentadas, o representante do Metrô afirmou que o fechamento da Estação Armênia nos dias 4/3 (das 10 às 19h45), 5/3 (das 10 às 18h20) e 9/3 (das 10 às 15 horas), foi adotado devido a estrutura dessa estação ser pequena para tamanho público. Por parte da CPTM, que tem nas proximidades a Estação da Luz, foi feita a sugestão de que no próximo Carnaval o sentido dos blocos seja invertido, de forma que ao término do evento o público se disperse na direção da Praça Campo de Bagatelle para evitar superlotação da estação de trem.
Como única representante local presente ao evento, a advogada Joana D’Arc Figueira, falou dos problemas enfrentados na região durante o Carnaval. “Agradeço a Polícia Militar por todo o aparato durante o Carnaval, assim como a CET e a Subprefeitura da Sé. Realmente estavam mobilizados. Porém preciso apresentar os pontos negativos. Nós estamos experimentando a cidade, que não foi feita para experimentos”, afirmou. Quanto à sugestão da CPTM em inverter o sentido dos blocos para evitar o acúmulo de pessoas, ela ponderou. “Na Zona Norte temos outro grande Carnaval no Sambódromo”. E conclui: “Até quando vamos fazer experimentos da cidade?”.
Como orientação geral, o promotor César Ricardo Martins afirmou que esse é o momento para que as associações e blocos se aproximem dos órgãos oficiais para apresentar suas propostas para o Carnaval de 2020. No caso das associações, ele indicou que as Subprefeituras são locais mais apropriados para que as pessoas se aproximem e já elaborem propostas concretas para cada região. Segundo o promotor, uma reunião técnica será realizada em agosto, a partir daí outras audiências públicas serão realizadas. Mas é fundamental que a população se organize para apresentar suas propostas. |
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