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Alzheimer é a causa mais frequente de demência |
A medida que aumenta a expectativa de vida da população, aumenta também o número de pessoas que desenvolve algum tipo de demência. A frequência varia conforme a faixa etária. Dos 65 aos 74 anos, é cerca de 3%; dos 75 aos 84, 18%; e acima de 85 anos, 47%
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Segundo o Instituto Alzheimer Brasil (IAB), há cerca de 46,8 milhões de pessoas com demência no mundo. Este número praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. Estima-se que a cada 3,2 segundos, um novo caso de demência é detectado no mundo, e a previsão é de que em 2050 haverá um novo caso a cada segundo.
Embora não seja propriamente uma causa, a idade é um fator relevante. A medida que aumenta a expectativa de vida da população, aumenta também o número de pessoas que desenvolve algum tipo de demência. A frequência varia conforme a faixa etária. Dos 65 aos 74 anos, é cerca de 3%; dos 75 aos 84, 18%; e acima de 85 anos, 47%.
“É importante lembrar que no ‘envelhecimento normal’ há perdas cognitivas progressivas, numa escala pequena e de modo muito lento, não comprometendo o cotidiano da pessoa. Há também um quadro denominado ‘transtorno cognitivo leve’ ou ‘transtorno neurocognitivo menor’ que se caracteriza por perdas cognitivas mais significativas do que o ‘envelhecimento normal’, porém, leves e graduais, não chegando a configurar um quadro de demência”, explica Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica; e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
A principal causa de demência é a doença de Alzheimer. Cerca de 50-60% dos casos decorrem do Alzheimer. Em seguida, vem a demência vascular e a demência por corpúsculos de Lewy. Menos frequentes são as demências frontotemporais e as demências causadas por traumatismo cranioencefálico, infecções e alcoolismo. Há também as demências mistas (em geral, a associação de Alzheimer e demência vascular).
Sintomas
As demências se caracterizam por uma perda da capacidade cognitiva. Segundo Elaine, há diferenças entre as manifestações clínicas, mas, de modo geral, ocorre uma perda da capacidade de raciocínio, falhas de memória de curta duração (a pessoa se lembra de fatos antigos, mas não lembra o que fez há poucas horas), e dificuldade para organizar e executar tarefas cotidianas.
Tratamentos
Os tratamentos para as demências, especialmente Alzheimer, incluem medicamentos e abordagens de reabilitação cognitiva.
Prevenção
Há vários fatores de risco para as demências que são imutáveis (genética ou idade, por exemplo). Outros fatores podem ser corrigidos para reduzir a chance de desenvolvimento de demência: hipertensão arterial, obesidade, perdas sensoriais (especialmente auditiva), diabetes, tabagismo, depressão, isolamento social e falta de atividade física. Segundo a psicóloga, pessoas com maior nível educacional têm um risco menor de desenvolver demência.
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