 Aproximadamente três milhões de nascimentos em 2019, 11,1% foram prematuros, segundo dados do DataSUS
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Prematuro é todo recém-nascido que nasce antes de completar a idade gestacional de 37 semanas. Muitos bebês prematuros vão se desenvolver normalmente, porém alguns podem apresentar algumas dificuldades, desde atraso para se sentar, andar e falar até cegueira, surdez e paralisia cerebral.
“Isso irá depender do grau de prematuridade e das intercorrências pelas quais o bebê passou durante a internação, como: infecção, necessidade de ventilação mecânica, além de suas condições nutricionais”, esclarece a neonatologista Renata S. A. Pereira de Castro, membro do Departamento de Neonatologia Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
Ela explica que o grau da prematuridade influencia diretamente no desenvolvimento, ou seja, quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento do bebê, mais imaturo são seus órgãos, como: o coração, o pulmão, o cérebro e o intestino. “Assim, maior será sua dependência de cuidados especiais, ficando mais vulnerável a agressões externas, além de haver maior risco de alterações no seu desenvolvimento”, afirma a pediatra.
Dados nacionais
No Brasil, nascem cerca de 340 mil prematuros por ano. A sobrevida de bebês prematuros aumenta a cada ano, com foco cada vez maior na melhor qualidade de vida. Assim, a prematuridade é uma preocupação crescente, tanto para saúde pública brasileira e mundial, quanto para a sociedade, os pais e as famílias. O nascimento de um recém-nascido prematuro é quase sempre uma surpresa e junto com ele muitas questões são levantadas pelos pais:
Meu filho terá um desenvolvimento normal? Irá correr, comer, falar e brincar? O que posso fazer para mantê-lo saudável? O que esperar do seu crescimento e desenvolvimento?
De acordo com Renata, o acompanhamento regular do prematuro é fundamental para avaliações precoces, início de terapias em tempo oportuno e estímulos adequados para o melhor desenvolvimento da criança. “Este acompanhamento deve ser individualizado para o bebê e para sua família, englobando não só a consulta pediátrica, mas com fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, oftalmologia, neurologia e outras especialidades, se necessário”, ressalta a médica, concluindo: “A participação ativa dos pais nesse processo é fundamental, pois influencia em todo o desenvolvimento da criança.”
O que você pode fazer para estimular o melhor desenvolvimento do seu bebê?
•Manter o acompanhamento multidisciplinar, conforme as demandas de seu filho(a); •Manter estímulos adequados de acordo com as orientações para cada fase do bebê; •Estimular o crescimento e desenvolvimento em um ambiente alegre, tranquilo e carinhoso;
E lembre-se, cada bebê se desenvolve individualmente, no seu próprio ritmo. A melhor comparação é com ele mesmo! Informe-se em fontes seguras e converse com o seu pediatra.
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