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Varizes Pélvicas ou Endometriose? Especialista explica como diferenciar sintomas semelhantes |
Alguns estudos indicam que até 40% das mulheres com dor pélvica crônica podem ter varizes pélvicas, ao invés de endometriose
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As varizes pélvicas e a endometriose são duas condições que afetam a saúde feminina, causando sintomas parecidos, como dor pélvica crônica, dores durante as relações sexuais e problemas urinários ou intestinais. Porém, a diferença entre elas é crucial para um diagnóstico e tratamento eficazes. A cirurgiã vascular dra. Isabela Tavares, especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, esclarece a distinção.
As varizes pélvicas são veias dilatadas na região da pelve, que provocam a chamada “congestão venosa pélvica”. A condição pode resultar de fatores como múltiplas gestações e alterações hormonais. Já a endometriose se caracteriza pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, resultando em dor e inflamação, principalmente durante a menstruação.
Embora compartilhem sintomas, as causas e os tratamentos diferem. Nas varizes pélvicas, a dor piora após longos períodos em pé e alivia ao deitar, além de estar associada a varizes nas pernas. Na endometriose, a dor é cíclica, mais intensa durante a menstruação e pode ser acompanhada por sangramento menstrual irregular e infertilidade.
Estudos internacionais apontam que entre 10% a 30% das mulheres podem ser afetadas por varizes pélvicas, especialmente aquelas com dor pélvica crônica. Isso destaca a importância de diagnósticos precisos, muitas vezes feitos com exames de imagem, para evitar confusões com a endometriose.
O tratamento das varizes pélvicas pode envolver técnicas minimamente invasivas, como a embolização, enquanto a endometriose costuma requerer tratamentos hormonais ou cirúrgicos. A dra. Isabela reforça que o diagnóstico preciso é essencial para o tratamento correto, e recomenda que mulheres com sintomas semelhantes procurem um especialista em angiologia e cirurgia vascular.
As varizes pélvicas são subdiagnosticadas, mas o avanço nas pesquisas tem melhorado o acesso ao tratamento disponível, tanto em centros de referência no SUS, quanto por planos de saúde, embora ainda faltem códigos específicos na tabela da ANS. Procurar um especialista é fundamental para garantir o diagnóstico correto e melhorar a qualidade de vida das mulheres que enfrentam essas condições. |
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