Segundo a Organização Mundial do AVC, uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos terá um AVC ao longo da vida
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Na próxima terça-feira, 29, Dia Mundial do AVC, os dados servem para alertar sobre os riscos e os cuidados necessários para evitar o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo a Organização Mundial do AVC, uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos terá um AVC ao longo da vida e 90% dos casos poderiam ser prevenidos com medidas simples de cuidado com a saúde. O médico cardiologista dr. Roberto Yano, especialista em Estimulação Cardíaca Artificial, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB, explica sobre as causas, sintomas e a importância da prevenção.
“O AVC acontece quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido ou limitado, privando as células de oxigênio e nutrientes essenciais”, diz dr. Roberto Yano, que ainda esclarece que isso pode ocorrer por dois motivos principais:
AVC isquêmico: causado por uma obstrução, como trombose ou embolia, que bloqueia o fluxo de sangue.
AVC hemorrágico: quando há rompimento de vasos sanguíneos no cérebro, resultando em hemorragia.
Por isso é importante ficar atento aos sinais de alerta. Por isso, identificar os sintomas do AVC a tempo pode ser crucial para a sobrevivência e a redução de sequelas. Yano destaca cinco sinais de alerta:
•Fraqueza ou dormência súbita no rosto, braço ou perna, especialmente de um lado do corpo; •Dificuldade para falar ou entender; •Perda ou alteração repentina da visão; •Dor de cabeça intensa e inesperada; •Dificuldade para andar, estupefação ou perda de coordenação. •Prevenção: cuidados básicos.
Segundo o médico a prevenção é o melhor remédio contra o AVC. “Incluir hábitos saudáveis na rotina é essencial. Mantenha uma alimentação equilibrada, com menos sal e gordura, pratique exercícios regularmente, evite o consumo excessivo de álcool e, se possível, pare de fumar”, recomenda o especialista.
Além disso, é importante monitorar condições de saúde como hipertensão e diabetes, que aumentam o risco de AVC. O acompanhamento médico regular, especialmente para quem tem histórico de doenças cardíacas na família, também é fundamental.
Fatores de risco
Os principais fatores que afetam o risco de AVC, de acordo com o cardiologista, incluem:
•Hipertensão; •Diabetes; •Colesterol alto; •Tabagismo; •Obesidade.
Recuperação e tratamento
O tratamento de um AVC envolve atendimento médico imediato, e a recuperação pode ser lenta e complexa. Dr. Yano enfatiza a importância de terapias como fisioterapia e fonoaudiologia para reabilitar as funções comprometidas.
“A recuperação pode levar tempo, e algumas pessoas podem ficar com sequelas, como dificuldade de movimentação ou fala”, alerta. Com prevenção e diagnóstico precoce, os riscos podem ser reduzidos significativamente, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a chance de sequelas.
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