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Maguila, ícone do boxe brasileiro, morre aos 66 anos |
José Adilson Rodrigues dos Santos, Maguila, deixa um importante legado para o esporte brasileiro
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O Brasil perdeu na última quinta-feira, 24 de outubro de 2024, uma de suas maiores lendas do boxe. José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos em São Paulo. O ex-pugilista, que conquistou títulos brasileiros, sul-americanos e o Mundial da WBF, sofria de demência pugilística, uma condição neurodegenerativa causada pelos golpes que recebeu durante seus 17 anos de carreira. Dos 17 anos em que lutou, acumulou um cartel de 85 lutas, 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico. Com seu jeito carismático e suas entrevistas folclóricas, foi cativando o público.
Nascido em Aracaju, Maguila começou sua trajetória no boxe em São Paulo, para onde se mudou ainda jovem em busca de melhores condições de vida. Aos 14 anos, trabalhou como ajudante de pedreiro, enfrentando dificuldades financeiras e fome. Seu talento foi descoberto em 1979 e dois anos depois ele já vencia na “Forja de Campeões”, tradicional evento de boxe brasileiro, que acontece desde 1941, sob o comando do técnico Ralph Zumbano, tio de um de seus ídolos, Éder Jofre. Em 1983, Maguila conquistou seu primeiro título nacional, e a partir daí, sua carreira decolou.
Ao longo de sua trajetória, Maguila conquistou os cinturões de Campeão Brasileiro dos Pesos Pesados, Campeão Sul-Americano, Campeão Latino-Americano e em 1995, o título mundial da Federação Mundial de Boxe (WBF). Com um cartel impressionante de 77 vitórias em 85 lutas, Maguila enfrentou nomes como Evander Holyfield e George Foreman, consolidando seu legado no esporte. Mesmo após sua aposentadoria, sua popularidade e carisma continuaram marcantes.
Após a morte sua doença será estudada
O primeiro diagnóstico veio em 2010: Mal de Alzheimer, doença progressiva que destrói funções cerebrais. Mas tudo começou a fazer mais sentido três anos mais tarde, depois do segundo diagnóstico: demência pugilística.
Após consentimento da família, o ex-boxeador concordou, em 2018, em doar o cérebro para pesquisa após sua morte. Será um movimento semelhante ao feito pela família de Bellini. O órgão será objeto de estudo na Universidade de São Paulo.
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