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Preocupação com moradores de rua aumenta
com as baixas temperaturas |
A preocupação com os moradores de rua aumenta com a aproximação do outono e inverno. Quando a temperatura atinge a média dos 13 graus, ou uma temperatura de 16 graus com sensação térmica de 13, com existência de ventos, as equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social se organizam em sistema de urgência para retirar essa população das ruas o quanto antes. O trabalho é feito constantemente durante o ano, mas no inverno, a insistência para que deixem as ruas e sigam para os abrigos é ainda maior.
Na Zona Norte, há uma grande concentração de moradores de rua, principalmente nas proximidades do Metrô Santana e ao longo da Avenida Cruzeiro do Sul, próximo ao Terminal Rodoviário Tietê. No entanto, há pontos localizados nos bairros mais residenciais também, em que a frequência da população em situação de risco tem sido grande.
Avenida Cruzeiro do Sul tem grande concentração de moradores de rua | A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), por meio da Coordenadoria de Assistência Social (CAS) Norte, desenvolve um serviço que beneficia a população de rua da região. Trata-se do Presença Social nas Ruas Adulto e Presença Social nas Ruas Crianças e Adolescentes, voltado para o bairro de Santana. É um atendimento específico, além do Projeto Atenção Urbana – que atende os demais bairros, em que equipes multidisciplinares percorrem as ruas da região para abordar os moradores de rua, identificar os seus problemas e estabelecer condições para que eles aceitem os serviços oferecidos pela rede socioassistencial da cidade. “Os agentes de proteção social percorrem os bairros abordando essas pessoas, no sentido de saber qual a situação delas, de convencê-las a sair das ruas e encaminhá-las para os nossos Centros de Acolhida”, disse a coordenadora da CAS Norte, Teresinha Colaneri dos Reis.
Conforme a assistente social da equipe de Supervisão Técnica da CAS Norte, Vivian da Cunha Soares Garcia, esse atendimento atinge toda a Zona Norte, o Projeto Atenção Urbana atende os bairros pertencentes às seguintes Subprefeituras: Pirituba/Jaraguá; Perus/Anhanguera; Freguesia/Brasilândia; Casa Verde/Cachoeirinha/Limão; Santana/ Tucuruvi; Jaçanã/Tremembé e Vila Maria/Vila Guilherme. “Com exceção de Santana, porque é um bairro que tem muitos moradores de rua, é um serviço só para eles, da mesma organização social, mas tem uma outra equipe”, disse. “Praticamente o número de moradores de rua que nós temos nas seis regiões, é o número que temos em Santana.”
 Moradores de rua também se concentram em pontos da Avenida Brás Leme | Segundo ela, a secretaria tem feito um trabalho voltado para os idosos, pois houve um aumento desse público nas ruas da cidade. Para isso, foi desenvolvido o Instituto de Longa Permanência para Idosos, prestes a ser inaugurado. Trata-se de um serviço de acolhimento para pessoas idosas com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, com diferentes necessidades e graus de dependência, que não dispõem de condições para permanecer na família, ou para aqueles que se encontram com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, em situações de negligência familiar ou institucional, sofrendo abusos, maus-tratos e outras formas de violência, ou com a perda da capacidade de autocuidado.
Teresinha Colaneri dos Reis ressalta que a abordagem no inverno é emergencial, para tirar o indivíduo da rua antes que ele morra de frio. No entanto, Teresinha frisa que o trabalho para tirá-lo em definitivo das ruas já existe. É feito um mapeamento da área para ver o perfil destas pessoas, se elas têm problemas mentais, se será necessário fazer um trabalho em conjunto com a área da saúde, se é somente um trabalho da assistência, se é dependente químico, se é migrante, entre outros. Pela proximidade com o Terminal Rodoviário é comum encontrar pessoas recém-chegadas e que ficam por aqui, principalmente do interior de São Paulo. “Acabou o mito de que essas pessoas são do Nordeste. Nesses casos, procuramos encaminhá-los para suas cidades de origem.”
Os moradores são abordados e caso se neguem a sair das ruas, eles assinam um termo de recusa. “Se a pessoa tiver algum transtorno mental, que não responde por si e coloca a própria vida em risco, é feita uma internação involuntária. “Acionamos a Saúde, o Cras, aí Samu leva.”
Além de os educadores realizarem o atendimento com os indivíduos que vivem nas ruas, há também um trabalho voltado para a conscientização dos moradores da região. “Um dos pontos mais importantes deste serviço é o estabelecimento de diálogo com a comunidade local. Isso é necessário, pois muitos grupos de moradores, no desejo de fazer o bem, distribuem alimentos aos moradores de rua para ajudá-los. “Isso faz com que ele se fixe nas ruas”, disse Teresinha. A orientação é para que as pessoas não deem esmola ou comida e que entrem em contato com o serviço de assistência para que essas pessoas possam ser encaminhadas ao atendimento. “Enquanto a pessoa receber esmola ela vai permanecer na rua”, explica Teresinha.
Existem na região três Centros de Acolhida: Centro de Acolhida São Francisco (Rua José dos Santos Neto, 40, Carandiru); Centro de Acolhida para Adultos Jaçanã (Rua Alto Paraguai, 630, Jaçanã), e o Centro de Acolhida Casa Verde (Rua Zilda, 420).
É importante destacar que a Central de Atendimento Permanente de Emergência (Cape) funciona 24 horas por dia, pelo telefone 156, atendendo solicitações de munícipes relativas às pessoas em situação de rua e encaminhando para a rede de acolhida e saúde quando for o caso. As solicitações também podem ser feitas pelos telefones: 2367-9711 (Santana) - Presença Social nas Ruas – adultos e 2204-9346 - Presença Social nas Ruas – crianças e adolescentes. O telefone do Atenção Urbana é 2339-3785.
Confira os endereços dos Cras e Creas da Região:
•CRAS Cachoeirinha - Av. Imirim, 4.328. Tels.: 3983-2783 / 3983-2983;
•CRAS Freguesia / Brasilândia - Av. Itaberaba, 924/926. Tels.: 3977-0482 / 3977-0063;
•CRAS Jaçanã - Av. Guapira, 2.145. Tel.: 2242-4047;
•CRAS Santana - Rua Voluntários da Pátria, 4.649. Tel.: 2977-1313;
•CRAS Vila Maria / Vila Guilherme - Praça Santo Eduardo, 162. Tel.: 2207-4132;
•CRAS-Distrito Brasilândia 1 (Guarani) - Estrada do Lázaro Amâncio de Barros, 1.079. Tel.: 3923-4081;
•CRAS-Distrito Brasilândia 2 (Elisa Maria) - Av. Itaberaba, 3.666;
•CRAS-Distrito Brasilândia 3 (Vista Alegre) - Rua Ibiraiaras, 372. Tels.: 3981-3598/ 3982-8051
•CRAS-Distrito Casa Verde (ex-Limão) - Av. Engenheiro Caetano Álvares, 3.054. Tel.: 2236-4643;
•CRAS-Distrito Tremembé - Rua Mário Pernambuco, 43. Tels.: 2261-2365 / 2261-2303;
•CRAS-Distrito Vila Medeiros - Av. Gustavo Adolfo, 2.202. Tels.: 2209-0098 / 2939-1856;
•CREAS Tremembé - Rua Mário Pernambuco, 45. Tels: 2261-1314 / 2203-1443;
•CREAS Vila Maria - Rua Soldado José Antônio Moreira, 546. Tels.: 2201-5807 / 2949-6495;
•CREAS Freguesia do Ó - Rua Parapuã, 160. Tels.: 3991-4698 / 3984-7900;
•CREAS Casa Verde - R. Padre João Gualberto, 206. Tel.: 2236-7002;
•CREAS Santana - R. Voluntários da Pátria, 4.649. Tel.: 2950-3398. |
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