 Mantenha a criança sempre protegida e se notar qualquer alteração na pele do seu filho, procure um dermatologista ou pediatra
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Apesar de raro na infância, o Câncer de Pele pode afetar crianças e exige atenção dos pais e responsáveis. Por isso, o Hospital do GRAACC faz um alerta importante: a exposição excessiva ao sol sem proteção adequada pode aumentar os riscos futuros, já que os danos causados pelos Raios Ultravioleta são cumulativos.
Existem dois principais tipos de Câncer de Pele: o não melanoma e o melanoma, sendo este último o mais agressivo. “O crescimento do melanoma é rápido e, mesmo nos estágios iniciais, pode se espalhar para outros órgãos do corpo, o que chamamos de metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura”, explica Natália Duarte, oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC, o qual é referência no tratamento do Câncer infantojuvenil. O Câncer de Pele em crianças é extremamente raro, representando entre 1% e 4% de todos os melanomas. A estimativa de incidência anual é de 6 casos por milhão de pessoas.
Para reduzir os riscos, especialistas recomendam medidas simples, como: evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, usar protetor solar adequado e reaplicá-lo a cada duas horas, além de vestir as crianças com roupas de proteção e chapéus e hidratação sempre.
A regra do ABCDE para identificar sinais suspeitos
Uma ferramenta simples ajuda a identificar pintas na pele que possam ser sinais de melanoma - a regra do ABCDE. Mas lembre-se: ela não é infalível - algumas pintas benignas podem apresentar as mesmas características visuais das que são destacadas por essa regra. Veja como:
A - Assimetria: Pintas suspeitas têm formato irregular, com uma metade diferente da outra.
B - Bordas: Bordas irregulares, denteadas ou borradas podem indicar risco.
C - Cor: Variedade de cores em uma mesma pinta, como preto, marrom, vermelho, branco ou azul, merece atenção.
D - Diâmetro: Pintas maiores que 6 mm devem ser avaliadas por um especialista.
E - Evolução: Mudanças no tamanho, cor ou formato da lesão podem ser sinais de alerta.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do Câncer de Pele infantil é desafiador e envolve exames clínicos detalhados, dermatoscopia e, em casos suspeitos, biópsia. Crianças com histórico familiar da doença, pele clara e muitas pintas devem ser acompanhadas regularmente. O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão, sendo mais eficaz quando realizado nos estágios iniciais. Em casos avançados, podem ser necessárias Quimioterapia e Imunoterapia.
Como o melanoma tem alto risco de reincidência, o acompanhamento médico contínuo é essencial para garantir a saúde da criança. Se notar qualquer alteração na pele do seu filho, procure um dermatologista ou pediatra. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.
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