 A pele, maior órgão do corpo humano, pode revelar condições de saúde e até doenças graves, antes mesmo de outros sintomas
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A pele, sendo o maior órgão do corpo humano, frequentemente reflete condições de saúde que podem indicar doenças graves, antes mesmo de outros sintomas aparecerem. Algumas doenças vasculares, metabólicas e reumatológicas apresentam sinais cutâneos que, quando identificados precocemente, permitem um tratamento mais eficaz.
“Os primeiros sinais de algumas doenças vasculares costumam surgir na pele, mas muitas vezes são negligenciados. O reconhecimento dessas alterações pode prevenir complicações graves”, alerta a cirurgiã vascular dra. Luisa Ciucci Biagioni, da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP).
A especialista destaca algumas condições que merecem atenção:
Varizes e teleangiectasias
Popularmente conhecidos como “vasinhos”, representam a dilatação de pequenos vasos sanguíneos na pele, podendo causar desconforto estético, dor e queimação. Em idosos, a presença dessas veias dilatadas nos pés pode aumentar o risco de sangramento espontâneo. O tratamento precoce com escleroterapia e outras abordagens minimamente invasivas pode reduzir complicações.
Diabetes e alterações cutâneas
Pacientes com diabetes mellitus podem apresentar ressecamento progressivo da pele, favorecendo rachaduras e feridas de difícil cicatrização, especialmente se houver doença arterial periférica associada. A avaliação periódica da pele e dos pés, além do controle da glicemia, são medidas essenciais na prevenção de complicações.
Vasculites e doenças reumatológicas
Inflamações nos vasos sanguíneos podem causar manchas avermelhadas, feridas e até necrose da pele. Doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerodermia também podem comprometer a circulação e causar lesões graves.
Infecções de pele e tecidos moles
Celulite, linfangite e erisipela são infecções bacterianas que podem se espalhar pelos vasos linfáticos, causando inchaço, vermelhidão e dor. Em casos graves, podem surgir bolhas e feridas extensas. O tratamento rápido é essencial para evitar sequelas como linfedema e infecções recorrentes.
Equimoses em idosos
A fragilidade da pele em idosos pode resultar em manchas roxas frequentes, conhecidas como dermatoporose. O uso de corticoides, exposição solar excessiva e anticoagulantes agravam a condição. Hidratação adequada, proteção solar e adaptações no ambiente doméstico ajudam a prevenir complicações.
Dra. Luisa reforça que os sinais na pele podem indicar doenças sistêmicas graves e a avaliação médica especializada é essencial para um diagnóstico preciso. “A identificação precoce de qualquer patologia e o acompanhamento multidisciplinar são fundamentais para um diagnóstico correto e tratamento adequado”, relata a especialista. A SBACV-SP segue empenhada em disseminar informação de qualidade sobre saúde vascular. Para mais detalhes, acesse o site da Sociedade (sbacvsp.com.br) e acompanhe suas redes sociais (@sbacvsp).
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