|
Abril Azul: A importância da conscientização global sobre autismo, inclusão social e os desafios para um futuro |
 Pessoas dentro desse espectro autista podem apresentar dificuldades na comunicação e interação social, tanto verbal, quanto não verbal
|
No último dia 2 de abril, foi celebrado o Dia Mundial do Autismo. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a forma como uma pessoa interage com o mundo. Caracteriza-se por diferenças na comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos.
Pessoas dentro desse espectro podem apresentar dificuldades na comunicação e interação social, tanto verbal, quanto não verbal, além de dificuldades na reciprocidade socioemocional. Também podem apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.
Embora compartilhem dessas dificuldades, cada pessoa com autismo será afetada de maneira única e em intensidades variadas, o que resulta em situações particulares que acompanham o indivíduo ao longo de toda a vida.
Desde que a Assembleia Geral das Nações Unidas designou 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo em 2007, a ONU tem trabalhado para promover a plena realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para indivíduos com autismo, garantindo sua participação igualitária na sociedade.
Ao longo dos anos, avanços significativos foram feitos, impulsionados em grande parte por defensores, defensoras e redes de pessoas com autismo que trabalharam incansavelmente para colocar as experiências vividas dos indivíduos autistas no centro das discussões globais.
Hoje, mais de 17 anos depois, o movimento global se expandiu além da conscientização para promover ativamente a aceitação, apreciação e inclusão, reconhecendo as contribuições das pessoas autistas para suas comunidades e para o mundo em geral.
Esse ano a comemoração de 2025, foi sob o tema “Avançando a Neurodiversidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, destaca a interseção entre neurodiversidade e os esforços globais de sustentabilidade, mostrando como políticas e práticas inclusivas podem impulsionar mudanças positivas para indivíduos com autismo em todo o mundo e contribuir para o alcance dos 17 ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável).
Causas multifatoriais
Não há uma única causa para o autismo. Estudos indicam que fatores genéticos têm um papel importante no processo, mas influências ambientais e outros aspectos também podem contribuir.
“A ciência ainda está investigando os mecanismos exatos por trás do TEA, mas sabemos que se trata de uma condição altamente multifatorial, com diferentes causas interligadas, como fatores genéticos e ambientais”, destaca o Pós PhD em neurociências e fundador do Projeto RG-TEA, dr. Fabiano Abreu Agrela.
Uma das questões mais debatidas dentro da neurociência é a relação entre o autismo e a superdotacão. “Nem todo autista é superdotado e nem todo superdotado é autista, mas sabemos que há uma sobreposição genética entre as duas condições, e quando elas ocorrem juntas é o que chamamos de ‘dupla excepcionalidade’”, afirma o dr. Fabiano, autor do estudo “The Relationship between the Vagus Nerve, Autism and Genomic Neuroscience: Unlocking Therapeutic Potential”, publicado na revista International Journal of Health Science, pela Editora Atena.
O Projeto RG-TEA, criado por dr. Fabiano e formado por pesquisadores e pessoas ligadas à conscientização sobre a condição, busca justamente disseminar informações baseadas em evidências científicas para melhorar o suporte e a inclusão de pessoas autistas na sociedade. “A informação é a chave para quebrar preconceitos e garantir que as pessoas autistas tenham oportunidades e o suporte necessário para desenvolver todo o seu potencial”, conclui dr. Fabiano de Abreu Agrela.
|
|
|
Veja a capa da edição:


|
|
Para anunciar ligue:
|
 |
2977-6544 / |
 |
94861-1729 |
|