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Semana do Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose reforça importância do diagnóstico precoce |
 Muitas mulheres só recebem o diagnóstico quando têm dificuldade para engravidar, o que reforça a importância do diagnóstico precoce
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Na última quarta-feira (7) foi celebrado o Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose, data que chama atenção para uma condição que afeta cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil e aproximadamente 186 milhões em todo o mundo, segundo dados do último censo global.
A endometriose, doença inflamatória crônica e muitas vezes incapacitante, será um dos temas centrais do 62º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO), que acontece entre os dias 14 e 17 de maio, no Rio de Janeiro. Durante o evento, especialistas vão debater os avanços no diagnóstico, tratamento e qualidade de vida das pacientes.
De acordo com o ginecologista Ricardo de Almeida Quintairos, presidente da Comissão de Endometriose da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), a condição pode se desenvolver por fatores genéticos, imunológicos e, principalmente, pela menstruação retrógrada - quando o fluxo menstrual retorna à cavidade abdominal, facilitando a implantação de células fora do útero.
Conhecida como a “doença dos seis D’s”, a endometriose apresenta sintomas como dismenorreia (dor intensa durante a menstruação), dispareunia (dor na relação sexual), disquesia (dor para evacuar), disúria (dor ao urinar), dificuldade para engravidar e dor pélvica crônica.
“A dor e a infertilidade são os dois maiores impactos da doença. Muitas mulheres só recebem o diagnóstico quando têm dificuldade para engravidar, o que reforça a importância do diagnóstico precoce”, destaca o dr. Quintairos, que também será um dos palestrantes do congresso.
Além do acompanhamento médico, o especialista defende a adoção de um estilo de vida saudável como estratégia complementar no manejo da doença. “Evitar alimentos inflamatórios, manter-se ativa, controlar o peso e hidratar-se bem são medidas simples que ajudam no controle dos sintomas”, afirma.
O tratamento da endometriose pode começar com abordagem clínica, incluindo o uso de hormônios e mudanças na alimentação. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser indicada, dependendo da localização das lesões, como intestino, ovários, peritônio ou nervos. Segundo o médico, a falta de diagnóstico precoce ainda é uma das maiores barreiras no combate à doença. “Quando identificada tardiamente, a endometriose pode causar sequelas irreversíveis. É essencial que os profissionais estejam preparados e que haja mais ações de conscientização para que as mulheres reconheçam os sinais e busquem ajuda o quanto antes”, alerta Quintairos. |
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