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Mais de 90 mil casos de Câncer por ano no Brasil estão ligados ao tabagismo, alerta SBCO |
 O tabagismo não é apenas fator de risco para o surgimento de Câncer, mas também agrava o prognóstico de quem já está doente
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O Dia Mundial sem Tabaco, foi celebrado em 31/5 e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) fez um alerta preocupante: mais de 90 mil casos de Câncer no Brasil em 2025 devem ter relação direta com o consumo de tabaco, segundo projeção baseada em dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Fiocruz.
O levantamento aponta que o cigarro - em todas as suas formas - está diretamente associado ao desenvolvimento de 12 tipos de Câncer, incluindo pulmão, cavidade oral, esôfago, laringe, bexiga, pâncreas, fígado, rim, estômago, colorretal, colo do útero e leucemia mieloide aguda.
Embora o Câncer de Pulmão seja o mais conhecido pela sua relação com o cigarro - com 90% dos casos atribuídos ao tabagismo -, outros tipos apresentam índices ainda mais alarmantes. É o caso do Câncer de Esôfago, com 96% dos casos associados ao fumo e do Câncer de Cavidade Oral, que tem o tabaco como causa em 80% dos diagnósticos.
“O tabagismo não é apenas fator de risco para o surgimento de Câncer, mas também agrava o prognóstico de quem já está doente. São milhares de casos que poderiam ser evitados”, destaca o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO.
Ameaça também entre os jovens
O especialista reforça ainda a preocupação com o avanço de outros dispositivos de fumo, como o cigarro eletrônico e o narguilé, especialmente entre os jovens. “A falsa impressão de que são menos prejudiciais é extremamente preocupante.
Estudos mostram que alguns cigarros eletrônicos podem ter até 20 vezes mais nicotina que o cigarro convencional, levando à dependência química mais rapidamente”, alerta Pinheiro.
Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil, em vigor desde 2009. A decisão mantém o país alinhado às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao tabagismo.
Tabagismo: uma das principais causas evitáveis de morte
O impacto do cigarro vai além do Câncer de Pulmão. Globalmente, segundo a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC/OMS), o tabagismo provoca cerca de 1,8 milhão de mortes por Câncer todos os anos. No Brasil, o cigarro responde por 80% das mortes por Câncer de Pulmão, tanto em homens, quanto em mulheres.
O uso de produtos de tabaco, inclusive os eletrônicos e os sem fumaça, também está relacionado ao aumento de casos de Infarto, AVC, lesões pulmonares graves (EVALI) e vários tipos de Câncer. “É fundamental fortalecer as políticas públicas de prevenção, combate e cessação do tabagismo. Isso não apenas salva vidas, mas também reduz, significativamente, o impacto no sistema de saúde”, conclui o presidente da SBCO.
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