|
Doenças respiratórias no inverno: Asma se agrava no inverno e novas terapias oferecem esperança para casos graves |
 A asma afeta mais de 260 milhões de pessoas no mundo e causa cerca de 455 mil mortes por ano
|
Durante o inverno, o número de atendimentos emergenciais e internações por asma aumenta significativamente no Brasil. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de um terço das mais de 120 mil internações anuais por asma, ocorrem nos meses mais frios, afetando especialmente crianças entre 5 e 9 anos e idosos.
O clima seco e frio típico do inverno irrita as vias respiratórias, enquanto o aumento do tempo em ambientes fechados eleva a exposição a alérgenos como: mofo, ácaro e poeira. Além disso, a maior circulação de vírus, como os da gripe e do resfriado comum, é um gatilho frequente para crises asmáticas.
Estudos apontam que, em grandes capitais, os atendimentos emergenciais por asma podem crescer até 40% no inverno. Por isso, médicos recomendam cuidados contínuos, como uso regular de medicamentos prescritos, ambientes limpos e ventilados, evitar mudanças bruscas de temperatura e manter as vacinas contra Gripe e COVID-19 em dia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asma afeta mais de 260 milhões de pessoas no mundo e causa cerca de 455 mil mortes por ano, muitas delas relacionadas a crises agravadas por infecções respiratórias e baixas temperaturas. Frente aos desafios do inverno, novas abordagens terapêuticas vêm sendo adotadas no controle da asma, especialmente nos casos graves. Medicamentos biológicos como dupilumabe e omalizumabe representam um importante avanço, pois atuam diretamente em moléculas do sistema imunológico responsáveis pela inflamação das vias aéreas.
Esses tratamentos podem ser feitos por infusão ou injeção em centros especializados fora do ambiente hospitalar, um reflexo do movimento de desospitalização que avança na área da Saúde. “Pacientes crônicos que não precisam da infraestrutura hospitalar podem hoje receber tratamento seguro e eficaz em unidades especializadas de medicina diagnóstica”, explica a médica Rosana Richmann, diretora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia.
A incorporação desses medicamentos ao SUS representa um marco para o acesso da população aos avanços terapêuticos. Com a combinação de cuidados preventivos, atualização vacinal e acesso a terapias inovadoras, é possível controlar a doença e reduzir, significativamente, os impactos das chamadas “doenças do inverno”, promovendo mais qualidade de vida aos pacientes asmáticos durante todo o ano. |
|
|
Veja a capa da edição:


|
|
Para anunciar ligue:
|
 |
2977-6544 / |
 |
94861-1729 |
|