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Comissão estabelece metas para o
Largo da Matriz da Freguesia do Ó |
A inversão de mão da Rua Jesuíno de Brito, na região do
Largo da Matriz, na Freguesia do Ó, foi um dos problemas
discutidos na última reunião de lideranças locais | Uma vez por mês, um grupo de representantes da comunidade do entorno do Largo da Matriz, na Freguesia do Ó, se reúne na Casa de Cultura Salvador Ligabue para discutir os problemas da região e viabilizar soluções.
Criada em abril, em audiência pública promovida pelo 18º BPM-M, responsável pelo policiamento de Freguesia do Ó, Brasilândia e parte de Taipas e Jaraguá, a comissão conta com a participação de moradores, comerciantes, líderes comunitários e representantes de órgãos públicos (como subprefeitura e Companhia de Engenharia de Tráfego-CET, entre outros) e Conselho de Segurança (Conseg) local, além de entidades sociais e religiosas.
Segundo o major Marcelo Jorge Franciscon, mediador desses encontros, o grupo tem como objetivo manter um diálogo pautado em um estudo de impacto na ordem pública, indicando os problemas, suas dimensões, suas causas, as autoridades responsáveis e as soluções viáveis. “Queremos atitudes e não palavras”, afirmou o major. “Vamos cometer erros, mas só erra quem trabalha.”
Na última reunião, realizada em 14/6, a comissão foi dividida em quatro grupos. Cada um deles estabeleceu prioridades e assumiu metas a serem cumpridas até o próximo encontro, em 12/7.
No dia 14/6, uma comissão representativa da comunidade do Largo da Matriz, na Freguesia do Ó, se reuniu mais uma vez na Casa de Cultura Salvador Ligabue para indicar os problemas da região, definir prioridades e buscar soluções.
As reuniões do grupo são realizadas sempre na segunda quinta-feira de cada mês, mediadas pelo major Marcelo Jorge Franciscon do 18º BPM-M, responsável pelo policiamento de Freguesia do Ó, Brasilândia e parte de Taipas e Jaraguá.
A comissão foi dividida em grupos de trabalho,
conforme a competência de cada participante | Devido ao maior número de ocorrências ligadas ao trânsito na região, um representante da Companhia de Engenharia de Tráfego foi convocado a comparecer no último encontro.
Sílvia Guimarães, da área de ação social da CET apresentou um parecer sobre as medidas viárias implantadas na região. “A decisão de inverter a mão da Rua Jesuíno de Britto é resultado de debates e estudos com representantes da sociedade objetivando melhorar o acesso para o Largo da Matriz, que se tornou um polo atrativo, principalmente nos finais de semana”, afirmou. “A mudança é parte de várias medidas que vão ser tomadas. Portanto, a CET é favorável à manutenção da forma como está.”
A medida, que segundo relatos dos presentes à reunião teria piorado o tráfego e o acesso à área do Largo da Matriz e suas adjacências, não agradou moradores e comerciantes, que cobraram uma revisão da decisão.
“Sinceramente, não conversei com nenhum morador que tenha aprovado isso. Nem fomos informados sobre a mudança de mão da Rua Jesuíno de Britto. Um dia, durante o carnaval, acordamos surpreendidos pela alteração”, declarou Isabel Cristina Foja, moradora da região há cerca de dez anos. “Moradores de vários condomínios passaram a ter problemas, sendo obrigados a dar muitas voltas para chegar em casa. Os acidentes também passaram a acontecer com frequência.”
Diante da posição da comunidade, o major Franciscon solicitou que a moradora reunisse a documentação necessária, como abaixo-assinados realizados e número de processos em andamento, para oficializar um pedido de revisão à CET.
Em seguida, a comissão foi dividida em grupos de trabalho, conforme a competência de cada participante. Cada equipe assumiu um foco de trabalho - estudo de impactos na ordem pública local, responsabilidade dos órgãos públicos, plano de ações de responsabilidade social e plano local de desenvolvimento socioeconômico. Após reunirem-se separadamente, apresentaram a todos as prioridades e metas a serem cumpridas até o próximo encontro, em 12/7.
O grupo responsável por ações ligadas à responsabilidade do poder público, estabeleceu três metas a serem cumpridas: solicitar à CET a apresentação de parecer integral sobre a mudança de mão da Rua Jesuíno de Britto para que sejam realizadas adequações; acionar órgão de assistência social para criação de projeto voltado aos chamados “flanelinhas”; oficiar a subprefeitura local para apresentação de regulamentação integral sobre o uso de cadeiras e mesas em área pública.
As reuniões são realizadas na segunda quinta-feira de
cada mês, na Casa de Cultura Salvador Ligabue, mediadas
pelo major Marcelo Jorge Franciscon do 18º BPM-M | A equipe escolhida para tratar das ações de responsabilidade social se propôs a criação de um projeto para solução do problema dos “flanelinhas” através de uma parceria com os comerciantes ou da Secretaria Municipal de Cultura, levando em conta a legislação trabalhista; cobrar da subprefeitura fiscalização de cumprimento do horário estabelecido para o fechamento dos bares e o Programa de Silêncio Urbano (Psiu) pela vigilância das regras de emissão de som e solicitar apoio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) na questão dos moradores de rua. “A Igreja age pelo amor cristão, oferecendo abrigo, apoio e solidariedade. Mas o Estado não pode se omitir de sua responsabilidade neste problema”, avaliou o padre Carlos Alves Ribeiro.
O grupo que assumiu a avaliação dos impactos da ordem pública reforçou o pedido das outras equipes e propôs, ainda, a solicitação ao Departamento de Iluminação Pública (Ilume) por melhoria na iluminação da região, à vigilância do Conselho Tutelar e das escolas da região quanto ao consumo de drogas e bebidas por menores de idade. Incluindo pedido de melhorias estéticas na praça, pela subprefeitura, para atrair boa frequência, investindo no charme interiorano do largo.
Segundo o major Marcelo Jorge Franciscon, todos os ofícios aos órgãos públicos listados serão encaminhados pelo 18º BPM/M. “Na próxima reunião, vamos avaliar as respostas e cobrar de cada órgão o cumprimento de sua responsabilidade”, informou.
Durante a reunião foi apresentado ainda um balanço sobre a segurança na região. Segundo dados do 18º BPM/M, foram registradas 23 ocorrências entre os dias 12/5 e 14/6 na região do Largo da Matriz: 12 perdas de documentos, 5 furtos de objetos em geral, 2 furtos de veículos, 2 flagrantes de embriaguez ao volante, 1 ameaça e uma colisão de veículos.
O próximo encontro da comissão foi marcado para o dia 12/7, às 16h30, na Casa de Cultura Salvador Ligabue (Largo da Matriz, s/n). |
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